Política

Governadores pedem apoio a início da gestão de Bolsonaro

Valter Campanato/Agência Brasil
Na Bahia, Rui Costa reiterou discordância com a ideia de ampliar o acesso às armas  |   Bnews - Divulgação Valter Campanato/Agência Brasil

Publicado em 02/01/2019, às 05h57   Folhapress


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Governadores aliados de Jair Bolsonaro (PSL) usaram trechos de seus discursos de posse para reforçar apoio às medidas anunciadas pelo presidente, principalmente na área econômica.

Entre os acenos mais contundentes, o governador de SP, João Doria (PSDB), citou reforma da Previdência, privatizações e manutenção da reforma trabalhista como pautas políticas que terão apoio de seu governo.

"Vamos sim apoiar iniciativas de Jair Bolsonaro", disse, acrescentando que não torcerá pelo pior. "Se Jair Bolsonaro for um grande presidente, será bom para o Brasil e os brasileiros."

Doria tocou em outro tema onipresente na campanha presidencial, a redução da maioridade penal de 18 para 16 anos. O governador paulista defendeu a mudança constitucional e o fim do que chamou de "saidinhas" de presídios, em referência às liberações temporárias em feriados prolongados.

"Em mais uma demonstração de apoio a Bolsonaro, Doria disse que irá "ajudar o PSDB a estar sintonizado com o novo Brasil". O governador recém-empossado estremeceu suas relações com os líderes do partido durante a corrida eleitoral, ao declarar apoio a Bolsonaro em detrimento à campanha de Geraldo Alckmin, que acabou derrotado nas urnas.

A linha dura na segurança pública e o apoio às reformas tributária e previdenciária reverberam também no discurso de Wilson Witzel (PSC), no Palácio Guanabara. O governador eleito após entrar na disputa eleitoral com 1% das intenções de voto exaltou o "momento histórico de renovação na política" logo nas primeiras frases de seu discurso de posse.

O tom nacionalista esteve também nas palavras do governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), apesar de não ter mencionado o presidente em seu pronunciamento. O paranaense afirmou que o Brasil vive um momento de "ruptura política" e que é preciso "aposentar os velhos dilemas ideológicos".

Já no Nordeste os governadores evitaram criticar Bolsonaro de forma aberta, mas marcaram posição contra ideias defendidas por ele. "Não posso concordar na distribuição de armas, como se isso fosse a solução. A arma é necessária para aqueles que cumprem a função do Estado", disse o governador baiano Rui Costa (PT).

O pernambucano Paulo Câmara (PSB) afirmou que "o amor ao Brasil não é monopólio de nenhum brasileiro, ocupar as ruas em defesa da democracia também é uma forma de amar o Brasil."

Flávio Dino (PCdoB), do Maranhão, falou sobre "a lógica do conflito pelo conflito como exercício ideológico para o exercício do poder".

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