Política

Marta Rodrigues condena gestão do transporte público em Salvador

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Ela destacou que as empresas de transporte público não estão pagando a outorga da concessão do serviço  |   Bnews - Divulgação Arquivo / BNews

Publicado em 04/01/2019, às 16h11   Redação BNews



A vereadora Marta Rodrigues (PT) criticou o estado dos ônibus que circulam em Salvador e disse que espera que o prefeito ACM Neto (DEM) mantenha a palavra e não aumente a tarifa desse transporte. Na avaliação da petista, os veículos são velhos, sem ar-condicionado ou conforto para os usuários.

Marta destacou que as empresas de transporte público não estão pagando a outorga da concessão do serviço. “Estão explorando o sistema gratuitamente. Elas sempre alegam prejuízos, mas nunca, nem elas nem a prefeitura, apresentaram qualquer estudo que provasse isso. Não há qualquer transparência sobre os custos do transporte por ônibus em Salvador, é tudo muito obscuro, a prefeitura e as empresas precisam abrir essa caixa”, apontou a vereadora.

A legisladora lembra que a prefeitura e as empresas contrataram em 2014, respectivamente, as consultorias Delóitte e Ernest&Young para reavaliar o contrato e averiguar se havia desequilíbrio financeiro do mesmo. No entanto, os estudos não foram divulgados. “Em 2016, o prefeito disse que não reajustaria a tarifa acima da inflação e acabou fazendo isso. O aumento foi de 9,09%. A inflação acumulada naquele ano foi de 6,4%”, acrescentou. 

Outro ponto assinalado pela petista foi a aprovação do Fundo Municipal de Mobilidade Urbana (FMMU), que, segundo ela, não trará benefícios para a população, pois foi “formulado para beneficiar o empresariado”.  Ela afirmou que o Fundo foi feito sem a participação da sociedade civil, somente com os secretários municipais de Mobilidade, da Fazenda e da Casa Civil.

“São muitos equívocos na gestão do transporte público. O prefeito aprova um Fundo que diz que terá como receita a arrecadação da outorga, mas não existe essa arrecadação pois as empresas não estão pagando.  Os empresários e a prefeitura não abrem as contas para que a Câmara Municipal tenha conhecimento, deixando tudo muito obscuro e sem transparência”, condena.

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