Política

Presidente da Apex é demitido e governo Bolsonaro tem primeira queda

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O ministro de Relações Exteriores, Ernesto Araújo, anunciou sua saída e a indicação ao presidente Jair Bolsonaro do embaixador Mario Vilalva para substituí-lo  |   Bnews - Divulgação Divulgação

Publicado em 09/01/2019, às 22h42   Folhapress


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Sete dias depois de nomeado presidente da Apex (Agência de Promoção de Exportações do Brasil), Alecxandro Carreiro foi demitido, na quarta-feira (9), na primeira queda do governo Bolsonaro. O ministro de Relações Exteriores, Ernesto Araújo, anunciou sua saída e a indicação ao presidente Jair Bolsonaro do embaixador Mario Vilalva para substituí-lo.

Vilalva possui "ampla experiência em promoção de exportações", justificou Araújo nas redes sociais. O chanceler afirmou que a saída foi a pedido de Carreiro. Nos bastidores da Apex, no entanto, há alguns dias já se comentava a instabilidade do presidente. De acordo com relatos internos, Carreiro vinha demitindo sumariamente antigos funcionários para nomear aliados, sem fazer qualquer transição.

Como entre os desligados havia servidores técnicos, instalou-se um clima de caça às bruxas que Araújo quer evitar. Entre as pessoas demitidas está Ana Seleme, mulher de Rodrigo Rocha Loures, ex-assessor do ex-presidente Michel Temer.

Pelo menos dois diplomatas foram demitidos de gerências da Apex, afastando-a do Itamaraty. Carreiro preparava mais uma leva de demissões ainda nesta semana, segundo pessoas da agência. Araújo foi informado da situação, motivo de desconforto interno, e pediu moderação. Carreiro, no entanto, manteve o método. O chanceler se irritou e pediu que renunciasse.

Araújo justificou a decisão pela necessidade de manter a Apex com quadro técnico e uma direção de perfil moderado. Além da questão política, o agora ex-presidente da Apex não é fluente em inglês, requisito da função previsto no estatuto da agência.

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