Coronel tem dúvidas sobre cumprimento de decisão do STF à presidência do Senado 

O senador Angelo Coronel (PSD) e candidato à presidência do Senado, neste sábado (2), afirmou ser favorável ao voto aberto, mas crê que o regimento interno da Casa Alta do Congresso não pode ser colocado de lado. 

Sobre a decisão do presidente do STF, Dias Toffoli, da nulidade da votação na sessão da sexta-feira que garantiu o voto aberto, Coronel disse acreditar na tese que decisão judicial precisa ser cumprida, mas há dúvida se o Senado acatará o caso dada a interferência entre os poderes. 

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“Temos que ver a questão de interferência entre poderes. Não podemos atropelar as nossas leis. Eu sou da tese que decisão tem que ser cumprida e se o Senado descumprir devemos ver, ter uma reunião, para resolver essa questão do regimento, alterar se for o caso, e resolver essa questão”, disse. 

Coronel chamou o regimento, conjunto de normas internas que regem o funcionamento do Senado, de Bíblia. “Se o regimento tivesse mudado e não tivesse a brecha não teríamos visto a confusão de ontem. Não teria tido aquela questão. Sou favorável ao voto aberto, mas se o regimento manda o voto fechado não podemos rasgar a nossa Bíblia do Senado”. 

JUSTIÇA - Toffoli argumentou que a votação do voto aberto não poderia ser decidida na sessão de eleição, mas em um outro momento focado na alteração do regimento interno da Casa. 

Na tumultuada sessão da sexta-feira, Coronel foi um dos senador que pediu a suspensão do processo eleitoral para acalmar os ânimos e sanar as dúvidas. 

A presidência interina de Davi Alcolumbre (DEM/AP), também candidato a presidente, na condução do processo gerou a celeuma. O senador Renan Calheiros (MDB/AL) protestou e contou com o apoio da correligionária Katia Abreu (PDT/TO), que protestou na mesa diretora e provocou tumulto sob a alegação do descumprimento do rito por Davi. 

Ela defendia o senador José Maranhão (MDB/MA) na presidência interina por ser o mais velho. 

A nova sessão acontece na manhã deste sábado (2).