Política

Filhos de Jair Bolsonaro podem mudar de partido

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A nova UDN é um dos 75 partidos em fase de criação, conforme o Tribunal Superior Eleitoral (TSE)  |   Bnews - Divulgação Reprodução

Publicado em 17/02/2019, às 17h07   Redação BNews


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Com o PSL em crise e sob suspeita de desviar verba pública por meio de candidaturas "laranjas" nas eleições de 2018, os filhos do presidente Jair Bolsonaro (PSL) negociam migrar para um novo partido, que está em fase final de criação. Trata-se da reedição da antiga UDN (União Democrática Nacional). As informações são do jornal O Estado de São Paulo.

De acordo com três fontes ouvidas pela reportagem, em caráter reservado, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) se reuniu na semana passada em Brasília com dirigentes da sigla para tratar do assunto. Ele tem urgência em levar adiante o projeto. Eduardo teria o apoio de seu irmão, o vereador Carlos Bolsonaro (PSL-RJ). Com esse movimento, a família Bolsonaro buscaria preservar seu capital eleitoral diante do desgaste do partido.

O jornal detalha que além de afastar a família dos problemas do PSL, a nova sigla realizaria o projeto político de aglutinar lideranças da direita nacional identificadas com o liberalismo econômico e com a pauta nacionalista e conservadora.

A nova UDN é um dos 75 partidos em fase de criação, conforme o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Segundo seu dirigente, o capixaba Marcus Alves de Souza, apoiadores já reuniram 380 mil assinaturas - são necessárias 497 mil para a homologação da legenda. O partido já tem CNPJ e diretórios em nove estados, como exige a legislação eleitoral para a homologação. Ela tem em Brasília um de seus principais articuladores, o advogado Marco Vicenzo, que lidera o Movimento Direita Unida e coordena contatos com parlamentares interessados em aderir ao novo partido. A articulação envolveria ainda o senador Major Olímpio (PSL-SP), que nega a informação.

Souza prefere não comentar as tratativas do partido que estão em curso. Ele, porém, admitiu que a intenção é criar o maior partido de direita do País. Como se trata de uma sigla nova, a legislação permite a migração de políticos sem que eles corram o risco de perder seus mandatos. "O único partido que tem o DNA da direita é a UDN. A gente não pode ter medo de crescer, mas com responsabilidade", afirmou.

Procurada pelo jornal, a assessoria do Palácio do Planalto informou que não ia se manifestar sobre o assunto. A reportagem procurou ainda as assessorias do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), do deputado Eduardo Bolsonaro e do vereador Carlos Bolsonaro, mas nenhuma delas se manifestou.

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