Política

Líder do governo diz que “está aberto a negociação com professores”, mas “vê conotação política” na greve

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Ele avalia, por exemplo, que houve avanços nas negociações e o Executivo atendeu pleitos importantes da classe  |   Bnews - Divulgação Arquivo/BNews

Publicado em 28/04/2019, às 17h40   Tamirys Machado


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O líder do governo na Assembleia Legislativa da Bahia, deputado Rosemberg Pinto (PT) avaliou que a greve dos professores universitários tem conotação econômica e política. O parlamentar mediou a negociação entre governo e categoria em reuniões, que contaram também com representantes das secretarias da Fazenda, Administração e Educação. Ele avalia que houve diálogo entre o governo estadual e professores, houve avanços nas negociações e o Executivo atendeu pleitos importantes da classe. 

“A cada dia é uma posição [...] A greve tem duas conotações, econômica e política. E a política está impedindo a condição econômica. Eu avisei para eles que eles não estavam trabalhando e não era justo”, disse, ao comentar ainda sobre a decisão do governador Rui Costa de cortar os salários dos professores grevistas. 

“A maioria dos dirigentes é contra o governo, integram partidos que não apoiaram o governador. Essa é a minha opinião”, disse. 

O deputado colocou em xeque ainda a força do movimento grevista no sentido quantitativo. “O que me chamou atenção eu achei as assembleias muito esvaziada para uma decisão da relevância dessa que é a greve”. 

Rosemberg se colocou à disposição para mediar a negociação, mas reconheceu que “perdeu a força”.

"Recebo a hora que quiserem. Do ponto de vista da negociação eu não acho que tenha margem mais nessa relação que foi constituída com a continuidade da greve nas últimas assembleias. [...] Se qualquer um professor, dirigente, reitor que queria conversar comigo estarei à disposição para receber. Eu perdi muito a capacidade de mediação porque o governo foi cedendo e os professores foram para greve e vai mantendo”, pontuou. “Chegou a um entrave, onde cada um tem suas razões". 

Para o deputado, a greve não é porque não teve diálogo. “Retomamos a negociação e eles deflagraram a greve”. “O governador liberou R$ 36 milhões e mais R$17 para promoções e isso representava um avanço para 900 professores. R$7 milhões de promoções, mudança de regime, um total de R$ 60 milhões", reforçou.

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