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Rui nega rótulo de "Bolsonaro da Bahia” e diz que professores das estaduais estão entre maiores salários da categoria no País

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Governador também acredita que há "partidarização" da greve que já dura mais de um mês   |   Bnews - Divulgação BNews

Publicado em 20/05/2019, às 13h02   Fernanda Chagas e Marcos Maia



O Governador Rui Costa negou na manhã desta segunda-feira (20) o rótulo de “Bolsonaro da Bahia”, e disse que a Bahia está entre os estados que pagam um dos maiores salários à professores universitários e de nível médio do País. "Acho que há uma partidarização da greve, uma apropriação de um partido político da greve", opinou durante a cerimônia de assinatura dos contratos de gestão de 13 Centros Públicos de Economia Solidária.

De acordo com o Governador, um professor universitário em regime de exclusividade recebe R$20 mil mensais. Já um docente fora deste regime, ganha R$17mil. Além da questão salarial, Rui argumenta que a Bahia está entre os três estados que mais investem em educação superior no País. "A Bahia é um dos três estados que mais tem universidades estaduais. Poucos estados brasileiros tem quatro universidades estaduais", exemplifica. 

Entre as reivindicações dos grevistas, está o reajuste de 5,5% ao ano no salário base; reposição integral da inflação do período de 2015 a 2017 em uma única parcela, com índice igual ou superior ao IPCA; e a destinação de no mínimo 7% da Receita Líquida de Impostos (RLI) do Estado para o orçamento anual das universidades estaduais. 

O chefe do executivo ainda comparou a pauta dos grevistas às reivindicações de professores de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte e Goiás. “A pauta lá é para receber o salário do ano passado, décimo terceiro e férias do ano passado. As pessoas às vezes esquecem da crise que estamos vivendo", queixou-se. 

O chefe do executivo também destacou a jornada de trabalho de um professor de atuação exclusiva - 40h semanais, sendo que 8h destas devem ser dedicadas à sala de aula. "Pernambuco são 16h. É demais pedir que um professor de dedicação exclusiva dê 12h de aula por semana? É muito dar duas horas de aula por dia?", questionou.

O cumprimento dos direitos trabalhistas, a exemplo das promoções na carreira, progressões e mudança de regime de trabalho também está entre os pedidos da categoria.

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