Política

“Bolsonaro já rompeu com o Congresso há muito tempo”, diz Daniel Almeida após conflito entre Maia e líder do governo

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Segundo Almeida, o clima em Brasília é o pior possível, com a agenda do Executivo cada vez mais “esvaziada”  |   Bnews - Divulgação Arquivo BNews

Publicado em 22/05/2019, às 13h03   Guilherme Reis


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O líder da bancada baiana no Congresso, deputado federal Daniel Almeida (PCdoB), disse na manhã desta quarta-feira (22) que o clima em Brasília é o pior possível após os últimos fatos que marcam a tensão entre o Congresso e o Palácio do Planalto. Nesta terça-feira (22), o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), anunciou o rompimento de relações com o líder do governo, Major Vitor Hugo (PSL-GO).

Para o comunista, porém, o rompimento de Jair Bolsonaro com o Congresso já ocorreu “há muito tempo”. “Eu não diria que haja um rompimento. Bolsonaro já rompeu com o Congresso há muito tempo. Todos os movimentos que ele faz espontaneamente faz com o intuito de estimular o conflito com o Congresso. Maia reagiu a isso, dizendo que a agenda será comandada pelos líderes da Câmara. Foi esse apartamento”, avaliou em entrevista ao BNews

Segundo Almeida, o clima em Brasília é o pior possível, com a agenda do Executivo cada vez mais “esvaziada”. “Houve um desentendimento entre o Executivo e o Legislativo. Hoje o presidente convocou a bancada do Nordeste para um café e foi esvaziada a reunião. Há um esvaziamento da agenda do Executivo. O Congresso, através de Maia, tem buscado manter o funcionamento e pautar temas que a parcela Congresso considera importante, como a reforma tributária e a reforma da Previdência”, disse.

Sobre as manifestações que Bolsonaro convocou para o próximo domingo (26), Daniel Almeida acredita que o governo se colocou em uma armadilha. 

"Será uma deterioração ainda maior da vida institucional. Um poder convocar manifestação para atacar os outros dois, nunca vi. Não tem precedente na história do Brasil. É uma trajetória de ruptura. Não acredito que essas manifestações serão expressivas. Não vemos setores relevantes respaldando essas manifestações. O governo se colocou em uma armadilha. Se forem pequenas, o governo fica desautorizado. Se forem muito grandes, podem estimular o presidente a apostar em uma ruptura”, pontuou.

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