Política
Publicado em 27/05/2019, às 15h15 Folhapress
O Parlamento da Áustria votou, nesta segunda-feira (27), uma moção de censura contra o premiê conservador Sebastian Kurz, retirando-o do cargo após o escândalo de corrupção que implodiu sua coalizão de governo.
Há dez dias, um vídeo divulgado pela imprensa alemã mostra o agora ex-vice-chanceler austríaco, Heinz-Christian Strache, se reunindo em 2017 com uma mulher que diz ser investidora e sobrinha de um oligarca russo, às vésperas da eleição nacional que selaria a entrada dele no governo. Strache promete a ela contratos públicos em troca de verbas para a campanha eleitoral.
Após a publicação da gravação, Strache renunciou ao cargo e também deixou a liderança do Partido da Liberdade da Áustria (FPÖ), sigla de ultradireita que chefiava desde 2005. Em seguida, o premiê convocou novas eleições para setembro.
O resultado da votação desta segunda foi anunciado pela presidente do Parlamento, Doris Bureas.
Agora, o presidente da Áustria, Alexander van der Bellen, deve nomear um chanceler para formar um governo que possa reunir o apoio do Parlamento até a próxima eleição nacional.
A votação, inédita na história do país, contou com votos dos social democratas e do FPÖ, que estava na coalizão governista até a divulgação do vídeo.
Apesar da destituição de Kurz do governo, seu partido teve maioria nas eleições para o Parlamento Europeu do domingo (26). O ÖVP, de direita, obteve 34,9% dos votos, à frente dos social-democratas, com 23,4%, e do FPÖ, com 17,2%.
Além disso, o vice-premiê que renunciou foi eleito para o Parlamento Europeu, de acordo com a agência de notícias austríaca APA. Ele recebeu mais de 33,5 mil votos, o suficiente para um assento no órgão.
Classificação Indicativa: Livre
iPhone barato
Mega Desconto
Café perfeito
Imperdível
Fones top de linha