Política

Vice-líder do governo, José Rocha fala em “insubordinação” de Levy a Bolsonaro  

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Deputado afirma que Levy não atendeu determinação do presidente para demitir diretor do BNDES  |   Bnews - Divulgação Vagner Souza/ BNews

Publicado em 16/06/2019, às 11h24   Bruno Luiz


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O vice-líder do governo na Câmara, deputado federal José Rocha (PL-BA), defendeu neste domingo (16) a atitude do presidente Jair Bolsonaro de fazer críticas públicas ao presidente do BNDES, Joaquim Levy. Após as declarações, Levy enviou sua carta de demissão ao ministro da Economia, Paulo Guedes.

Em entrevista ao BNews, Rocha disse que houve “insubordinação” por parte do dirigente do banco ao não cumprir uma determinação de Bolsonaro para demitir o diretor de Mercado de Capitais do BNDES, Marcos Barbosa Pinto. 

“O Levy não atendeu a essa orientação do ministro Paulo Guedes [para demitir o diretor]. Na medida em que o Levy não aceitou, se configurou uma insubordinação”, justificou o parlamentar.

Ainda de acordo com ele, Pinto não estava seguindo a política econômica que Guedes desenhou para o banco, o que motivou a irritação do presidente. O que se diz nos bastidores, no entanto, é que Bolsonaro estava incomodado com o fato de o diretor ter sido chefe de gabinete de Demian Fiocca na presidência do BNDES (2006-2007). Fiocca era considerado um homem de confiança de Guido Mantega, ministro da Fazenda nos governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff.

Questionado se Bolsonaro não poderia ter resolvido o assunto internamente, ao invés de trazê-lo para a imprensa, o que poderia minorar a repercussão do episódio, Rocha disse que cada um tem seu jeito de governar". A declaração que culminou no pedido de demissão de Levy ocorreu neste sábado (15). 

Durante entrevista, Bolsonaro afirmou, sem ser questionado pela imprensa, que Levy, ex-ministro da Fazenda do segundo governo Dilma, estava com a “cabeça a prêmio”. “Falei para ele: 'Demita esse cara na segunda-feira ou demito você sem passar pelo Paulo Guedes'", disse o presidente.

Rocha saiu em defesa de Bolsonaro. “Cada um tem sua maneira de gestão, de fazer valer sua autoridade. Essa é a maneira dele, do presidente da República. Sinceramente, eu não posso falar sobre a percepção do presidente, é uma forma pessoal do presidente”, afirmou. 

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