Política

Ministro diz que governo Fernández-Kirchner será um retrocesso para o Mercosul

Reprodução/ Youtube
A chapa da oposição venceu as eleições primárias de 11 de agosto, com larga vantagem sobre o presidente Maurício Macri, que concorre à reeleição  |   Bnews - Divulgação Reprodução/ Youtube

Publicado em 19/08/2019, às 23h40   Redação BNews


FacebookTwitterWhatsApp

O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, disse ao jornal Clarín que o possível governo de Alberto Fernández e Cristina Kirchner, na Argentina, será similar ao da gestão anterior da ex-presidente (2007-2015). Ele assegurou que o Brasil não permitirá que o Mercosul retroceda para um “projeto bolivariano” e esquerdista, como teria sido durante os governos do PT.

“Há uma roupagem de racionalidade econômica nessas últimas entrevistas (de Fernández), mas o passado parece muito claro. Há algumas coisas que são ditas em campanha, mas não temos muita ilusão de que esse kirchnerismo 2.0 seja diferente do kirchnerismo 1.0”, opinou Araújo. 

Ele fez uma comparação, na qual usou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva: “Para usar uma imagem, vejo Alberto Fernández como uma boneca russa. Você a abre e vem Cristina Kirchner. Abre esta e está o Lula, e depois o [Hugo] Chávez (Venezuela)”, completou, referindo-se aos ex-presidentes  e Hugo Chávez, da Venezuela.

A chapa Fernández-Kirchner venceu as eleições primárias de 11 de agosto, com larga vantagem sobre o presidente Maurício Macri, que concorre à reeleição. “Pode haver retrocessos no livre comércio dentro do Mercosul, mas negociações com o resto do mundo e uma tentativa de relativizar a democracia, algum tipo de aproximação a regimes totalitários que infelizmente existem na nossa região”, argumentou o ministro, referindo-se a Cuba e a Venezuela.

“Estamos muito preocupados com isso. Por quê? Porque existe um passado. Qual é o currículo do candidato Alberto Fernández e da candidata Cristina Kirchner? É um currículo de um Mercosul que era usado para fins ideológicos, que não servia aos seus objetivos comerciais e também de falta de compromisso com a democracia”, acrescentou. 

Ele ainda lembrou da visita de Fernández a Lula, na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba em julho. O fato de o argentino ter dito que pensava de forma semelhante ao petista fez com que Araújo achasse a postura “ofensiva aos brasileiros”. 

“No Brasil, sabemos como o Lula pensa. O pensamento do Lula criou um país com os problemas que conhecemos de corrupção, de paralisia econômica, de uma economia que não conseguiu proporcionar empregos à população”, finalizou.

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp