Política

Paulo Magalhaes Jr. pode deixar liderança do governo após embates e pouca habilidade

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O Palácio Thomé de Souza acompanha os desdobramentos, mas vê dificuldade em encontrar uma peça de reposição  |   Bnews - Divulgação Roberto Viana/BNews

Publicado em 10/09/2019, às 11h22   Eliezer Santos e Juliana Nobre


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O vereador Paulo Magalhães Júnior (PV) pode estar nos seus últimos dias como líder de governo na Câmara de Salvador. Em conversas reservadas, vereadores admitem que os recentes atritos com o presidente da Casa, Geraldo Júnior (SD), somados ao pouco traquejo em aglutinar o grupo, sinalizam para a necessidade de oxigenar o posto.

Os dois acentuaram a troca de declarações ásperas nesta segunda-feira (9) em torno de vetos do prefeito ACM Neto (DEM) a projetos aprovados pelos vereadores. Magalhães defendeu que nenhum veto será derrubado, enquanto o presidente disse reconsiderar a possibilidade de contrariar o chefe do Executivo.

O entrave acontece desde a semana passada, quando o líder governista chamou Geraldo de "monarca, imperador", após o presidente ter suspendido a votação de vetos. Geraldo reagiu pedindo “decência e equilíbrio” do colega.

O Palácio Thomé de Souza acompanha os desdobramentos, mas vê dificuldade em encontrar uma peça de reposição, antes de selar eventual saída de Magalhães Jr.

Joceval Rodrigues (Cidadania) estaria entre os principais quadros para a vaga, mas sua proximidade a Geraldo Júnior nas últimas semanas destoa do perfil requerido para chefiar a Maioria.

Kiki Bispo (PTB) também aparece na bolsa de apostas, todavia ele não estaria simpático à ideia de misturar sua posição institucional de primeiro vice-presidente da Câmara com o embate político para aprovação de matérias do Executivo.  

A sucessão natural ficaria com a vice-líder Lorena Brandão (PSC), também lembrada nas conversas de bastidores, porém sua performance na discussão e votação do projeto de regulamentação de transporte por aplicativos não alcançou a expectativa desenhada pela cúpula da prefeitura.

Um nome ainda pouco experimentado, mas recebido sem muita resistência é o de Duda Sanches (DEM), ex-vice-líder.

Há também referência ao retorno de Henrique Carballal (PV), que representava o bloco governista antes de Magalhães Jr. Interlocutores do Executivo contam que ele demonstra pouco entusiasmo com a proposta porque ainda está ressentido por não ter sido contemplado com um espaço na gestão do prefeito ACM Neto após ter cumprido o primeiro ciclo de liderança dos governistas.

Ainda em 2018, Paulo Magalhães Jr. foi um dos primeiros vereadores a declarar apoio à candidatura de Geraldo Júnior para presidente da Câmara, que em contrapartida fez acenos para que a bancada de governo ficasse sob a batuta dele.

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