Publicado em 28/11/2011, às 19h27 Redação Bocão News
O discurso público dos deputados federais e senadores sobre a distribuição das emendas no Orçamento de 2012 é de que tudo vai relativamente bem. Nos bastidores, no entanto, corre que as negociações foram truncadas e que muita gente ficou insatisfeita.
“Se eu falar que não gostei, vão dizer que sou contra investimentos na Bahia. O assunto é espinhoso e ficamos numa situação complicada”, confidenciou um parlamentar da bancada baiana. De acordo com ele, o governo do estado, através de seu bloco, enxertou no espaço destinado às emendas de bancadas pedidos que poderiam ser atendidos de outra forma.
“Esta atitude fez com que regiões importantes do estado ficassem de fora do orçamento. Caso de Guanambi. O caso o Porto de Aratu e do Teatro Castro Alves com R$ 100 milhões e R$ 69 milhões, respectivamente, poderiam ser obtidos em negociações entre o governador Jaques Wagner e os ministérios. Afinal, ele se gaba de ter grande prestígio com o governo federal”.
O jornal A Tarde desta segunda-feira (28) traz o balanço das emendas sugeridas pela bancada baiana. A Região Metropolitana de Salvador (RMS) ficou com a metade dos R$ 1.140 bilhão que o estado tem direito.
A justificativa mais recorrente para deixar este montante dos recursos na região é a realização da Copa 2014. R$ 100 milhões foram solicitados para levar o metrô até Cajazeira. Outros R$ 80 mi vão para o início das obras relacionadas à ponte que ligará Salvador a Itaparica; R$ 100 mi para a ampliação do Porto Aratu.
Segundo o impresso local, o montante de emendas do estado foi acordado em reunião da bancada – 39 deputados federais e 3 senadores – e será submetida ao relator-geral do orçamento, Arlindo Chinaglia (PT-SP), durante encontro de coordenadores das bancadas dos estados.
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