Política

Janot pode perder porte de arma após declarar que premeditou matar Gilmar Mendes

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Além disso, Janot pode ser proibido de chegar perto do ministro  |   Bnews - Divulgação Arquivo/ Agência Brasil

Publicado em 27/09/2019, às 14h35   Redação BNews


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O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Gilmar Mendes, encaminhou um requerimento ao colega Alexandre de Moraes, responsável pelo inquérito que investiga ameaças a integrantes da Corte, pedindo providências contra o ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot. As informações são da colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S. Paulo.

Na quinta-feira (26), Janot afirmou à Folha e a outros veículos de comunicação que chegou a ir armado ao tribunal para matar Gilmar Mendes, em 2017.

 Entre as providências estudadas pelo ministro estão proibir visitas de Janot a Corte e a retirada do porte de arma. Além disso, o ex-PGR ficaria também proibido de chegar perto de Gilmar Mendes, visto que já premeditou dar um fim à vida do ministro.

Entenda o caso:

Em maio de 2017, como procurador-geral, Janot pediu a suspeição de Gilmar em casos relacionados ao empresário Eike Batista, que se tornara alvo da Lava Jato e era defendido pelo escritório de advocacia do qual a mulher do ministro, Guiomar Feitosa Mendes, é sócia.

Segundo Janot, o ministro do STF reagiu na época lançando suspeitas sobre a atuação de sua filha, Letícia Ladeira Monteiro de Barros, que é advogada e representa a empreiteira OAS no Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). 

"Num dos momentos de dor aguda, de ira cega, botei uma pistola carregada na cintura e por muito pouco não descarreguei na cabeça de uma autoridade de língua ferina que, em meio àquela algaravia orquestrada pelos investigados, resolvera fazer graça com minha filha", diz Janot no seu livro.

"Só não houve o gesto extremo porque, no instante decisivo, a mão invisível do bom senso tocou meu ombro e disse: não.”

Janot acrescentou que pretendia cometer suicídio depois de matar Gilmar.
Segundo o relato do ex-procurador, que se aposentou em abril deste ano e voltou à advocacia, o episódio ocorreu perto do fim do seu segundo mandato à frente da Procuradoria-Geral da República, que ele chefiou por quatro anos.

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