Política

João Roma se diz “bombeiro” de crise no PSL e teme impacto em calendário de votações

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"Isso é inadequado para a política", afirmou deputado  |   Bnews - Divulgação Vagner Souza/ BNews

Publicado em 18/10/2019, às 13h42   Aline Reis e Bruno Luiz


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O deputado federal João Roma (PRB-BA) demonstrou preocupação com a crise no PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro. De acordo com ele, o clima na sigla é de “muita inquietude” e “ânimos acirrados”, o que pode prejudicar o calendário de votações no Congresso Nacional. Para tentar resolver a conflagração que se estabeleceu na legenda, o parlamentar diz que vem atuando como “bombeiro”.

“Lamento todo esse clima tenso entre o presidente e seu partido PSL, isso é inadequado para a política. Tenho me empenhado até um pouco como bombeiro nisso, me aproximei bastante de Joice Hasselman, Eduardo Bolsonaro”, afirmou, em entrevista ao BNews, durante assinatura da ordem de serviço para o Museu da Música, no Comércio.

A situação já era tensa no partido, desde que o presidente Jair Bolsonaro pediu a um eleitor, em vídeo, para “esquecer o PSL” e disse que o presidente nacional da legenda, Luciano Bivar, estava queimado. Mas o clima ficou pior esta semana, após o próprio Bolsonaro atuar como incendiário da crise. Ele liderou um movimento, entre deputados do partido, para recolher assinaturas e destituir o líder da agremiação na Câmara, Delegado Waldir. A iniciativa, no entanto, foi frustrada pela própria Mesa Diretora da Casa. 

Em resposta a Bolsonaro, um áudio vazado nesta quinta mostrou Waldir dizendo que vai “implodir” o presidente da República. Outro fato na escalada de acirramento de ânimos no PSL foi a decisão de Bolsonaro de tirar a deputada federal Joice Hasselmann (SP) da liderança do governo no Congresso. 

Segundo Roma, a crise afeta os trabalhos na Câmara. “Gera um clima de instabilidade, problema de calendário de votações, porque você está falando do primeiro partido que é ligado ao presidente da República”, lamentou. Sobre a destituição de Joice, o parlamentar afirmou que a colega  “estava ontem amargurada e muito triste com a forma como tudo aconteceu”.

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