Bolsonaro ordena cancelamento de assinaturas da Folha e jornal chama atitude de “discriminatória”

O presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), determinou, nesta quinta-feira (31), o cancelamento de todas as assinaturas do jornal Folha de São Paulo no governo federal. 

Segundo o presidente, nenhum órgão do governo vai receber o jornal em Brasília: “Está determinado”, garantiu, em entrevista à TV Bandeirantes.

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"Espero que não me acusem de censura. Quem quiser comprar a Folha de São Paulo, ninguém vai ser punido. O assessor dele vai lá na banca e compra. Eu não quero mais saber da Folha de São Paulo, que envenena o meu governo”, disse Bolsonaro.

Em nota, o jornal lamentou o fato e considerou a atitude “discriminatória”. Segundo o veículo, a proibição se deu por conta da publicação de depoimentos que o presidente teria dado durante um café da manhã com jornalistas.

“A entrevista mencionada pelo presidente reflete de maneira correta o conteúdo de suas declarações. Ela foi produzida a partir de uma conversa inicialmente feita off the records [não destinada à publicação, no jargão jornalístico]. Ao final da conversa, Bolsonaro autorizou que a Folha publicasse suas declarações, evitando reproduzir os palavrões pronunciados por ele. O jornal respeitou o pedido, ao contrário do que o presidente afirma agora”, explicou o veículo de comunicação.

“A Folha vai seguir fazendo o jornalismo crítico e apartidário que a caracteriza e que praticou em relação a todos os governos”, concluiu.