Política

“Você sabe como funciona o sistema carlista”, diz Paulo Câmara sobre escolha de candidato de ACM Neto

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Para tucano, nomes como Guilherme Bellintani e Geraldo Jr. não têm chances de receber a bênção de Neto  |   Bnews - Divulgação Vagner Souza/ BNews

Publicado em 06/11/2019, às 09h01   Redação BNews


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O deputado estadual Paulo Câmara (PSDB) aposta que está entre Bruno Reis e Leo Prates, ambos do DEM, o escolhido do prefeito ACM Neto para disputar sua sucessão nas eleições em Salvador no próximo ano. Para o tucano, nomes como o presidente do Bahia, Guilherme Bellintani, e o presidente da Câmara Municipal de Salvador, Geraldo Jr. (SD), não têm chances de receber a bênção de Neto.

“Prefeito não tem nada contra os dois. Mas vai com Bruno ou Leo. E você sabe como funciona o sistema carlista”, disse, em entrevista ao radialista Mario Kértesz, na rádio Metrópole, nesta quarta-feira (6). Ele ainda sugeriu que as movimentações do secretário municipal de Saúde, Leo Prates, que está negociando ingresso no PDT como forma de tentar ser opção a Bruno, possuem autorização de Neto. 

Paulo Câmara acredita que o prefeito tem um “compromisso” de escolher seu vice como candidato, mas pode mudar de ideia e optar por Leo caso perceba que seu plano inicial - Bruno - não conseguiu se viabilizar. 

O deputado estadual ainda voltou a defender que o PSDB tenha candidato próprio a prefeito no próximo ano, mesmo estando na base do demista. Ele teme que o partido não tenha condições de eleger uma bancada robusta de vereadores na Câmara, caso abra mão de ter um tucano disputando o posto. O próprio parlamentar se colocou novamente à disposição para ser este nome. De antemão, avisou que não aceita ser vice em uma eventual chapa com o DEM. 

“Não vejo por que o PSDB não apresentar um nome. Se não tiver candidato, com certeza terá um vereador só. O PSDB, se não tiver candidatura própria hoje, não terá condições de disputar eleições para vereador”, alertou. De acordo com ele, os próprios vereadores da sigla - atualmente, quatro - podem decidir sair da legenda se perceberem que terão dificuldades de se reeleger em 2020. 

Outra ponto defendido por Câmara foi a guinada do partido à direita, após o governador de São Paulo, João Doria, tornar-se a principal liderança tucana no país. O deputado avalia que, caso o partido continuasse “em cima do muro”, sem se posicionar, estaria fadado a se tornar nanico. Ele revelou que chegou a ficar de "malas prontas" para sair da sigla. 

“Tem que ter lado, tem que ter decisão, dizer o que pensa. Todo mundo dizia que o PSDB, para dizer uma coisa, dava uma volta. Pessoas próximas diziam para mim: ‘Seu PSDB não tem credibilidade, ninguém confia mais’”, relatou. 

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