Política

Itamaraju: Confusão marca sessão na Câmara de Vereadores

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Edis acusam prefeito de levar servidores para causa tumulto e obstruir votação  |   Bnews - Divulgação Reprodução/ Youtube

Publicado em 13/11/2019, às 14h19   Aline Reis



Na última terça-feira (12), a sessão na Câmara de Vereadores de Itamarajú foi marcada por tumulto após os edis protocolarem uma CPI para investigar uma operação tapa buraco na cidade. O vereador Evandro Rodrigues (SD) relatou ao BNews que o prefeito da cidade, Marcelo Angênica (PSBD), teria fraudado documentos que favoreceu uma empresa para a construção de uma usina de asfalto ao invés de uma operação tapa buraco. Além disso, acusa o prefeito de não ter colocado as notas do processo no Tribunal de Contas do Município (TCM). O prefeito nega as acusações.

Os parlamentares fizeram uma CPI para investigar o caso, são eles: Egnaldo Fernandes (PSDB), Marcão da CUT (PT), Zé do Bolo (PTB), Edson (PT), Isabel Cristina (SD). As comissões deveriam ser formadas na semana passada, no entanto, por falta de quórum, segundo Evandro, articulada pelo prefeito, não houve como fazer as comissões. 

Ontem (12), quando deveria acontecer o momento para articular as comissões no plenário, servidores da prefeitura foram convocados para protestar na Casa Legislativa (assista abaixo). No vídeo enviado para o BNews é possível ver quando o motorista do prefeito sobe o tom e ameaça os edis Isabel Cristina e Egnaldo Santos, conforme relatado à reportagem. 

A convocação desses servidores foi veiculada por Whatsapp, conforme imagem enviada ao BNews. 


Evandro afirma possuir todos os documentos válidos que comprovem a fraude, além de vídeos do prefeito oferecendo verba aos vereadores que assinaram a CPI para desistirem da ação.  “A obstrução da sessão foi coordenada pelo chefe de gabinete do prefeito, Gustavo Souto, a coordenadora da Vigilância Sanitária, Jaqueline Almeida, pelo motorista do prefeito, Devison Santos, pelo chefe da defesa civil, Vinícius Borges, além da assessora do Secretário de administração, Emanuela Emerick”.  

Os parlamentares vão ao Ministério Público Estadual (MPE) na tarde desta quarta-feira (13) pedir um afastamento cautelar do chefe do executivo municipal que estaria utilizando a estrutura do Município para obstruir a CPI. 

Em nota, a prefeitura afirmou que o prefeito tomou conhecimento da instauração de uma CPI para investigar supostas irregularidades na aquisição de uma usina de asfalto pelo Município. "O processo de aquisição encontra-se à disposição dos órgãos de controle e dos cidadãos no portal da transparência do Município e do TCM e está de acordo com a legislação". Ele explicou que não há nenhuma menção a “operação tapa buraco” no termo de instauração da comissão, negando que seja o objeto da CPI.

Sobre o evento ocorrido ontem, o prefeito nega organização ou convocação para levar servidores à Câmara. "Os vídeos que circulam nas redes sociais dão conta da presença de servidores e de cidadãos que não possuem nenhum tipo de vínculo com a prefeitura. O direito de manifestação é de todos, de modo que, como gestor público, o prefeito não pode impedir que os servidores se manifestem contrária ou favoravelmente a ele".

Assista: 

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