Política

“Lula é um construtor de pontes e Bolsonaro representa a violência”, diz Haddad em Salvador

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Ex-prefeito de São Paulo diz que Lula chegou para ser a oposição do presidente  |   Bnews - Divulgação Vagner Souza/BNews

Publicado em 14/11/2019, às 10h41   Bruno Luiz e Yasmin Garrido


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O ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), que disputou o segundo turno das eleições presidenciais do ano passado, disse ao BNews que, enquanto Bolsonaro destrói a relação do Brasil com países vizinhos, Europa e Ásia, “Lula era um construtor de pontes, que unia o país ao mundo sem preconceitos”.

A declaração aconteceu durante o encontro da executiva nacional do Partido dos Trabalhadores, que acontece, nesta quinta-feira (14), em Salvador, o primeiro desde a soltura do ex-presidente, na última sexta (8). Ainda segundo Haddad, “a reunião serve também para comemorar a liberdade de Lula”.

“Nós estamos precisando nos contrapor com propostas para reconstruir o que está sendo desconstruído por este governo. O nordeste precisa estar no centro de nossas atenções. O nordeste evoluiu muito neste século, mas nós não podemos parar, precisamos fazer muito ainda”, destacou o petista.

Fernando Haddad também ressaltou que, a partir de agora, a intenção do partido é retomar o projeto de desenvolvimento do país, e aproveitou para criticar a postura do atual ministro da Justiça, Sergio Moro.

“Essa coisa de ficar entregando patrimônio a estrangeiros, batendo continência para a bandeira americana, hostilizando nossos vizinhos, isso não vai nos levar a lugar nenhum. Então, com o Lula aqui nós vamos lutar para a recuperação dos direitos políticos, fazer justiça, cancelar as sentenças dadas por um juiz que não gostava dele. Juiz não tem que gostar ou não gostar, tem de decidir com base no que está no processo”.

Quando questionado sobre a oposição do PT ao governo Bolsonaro, Haddad não hesitou: “Não existe democracia sem oposição. O Lula reforça a oposição, mas não é uma oposição ao país, é uma oposição ao projeto que o Bolsonaro representa, um projeto intolerante, um projeto que joga na violência”.

Chile e 2022
O ex-prefeito ainda comparou a postura de Bolsonaro à do presidente chileno, Sebastián Piñera. “Ir para as ruas defender um direito é democracia. O presidente do Chile sentou com a oposição. Obviamente que foi uma infelicidade enorme o que ele fez, afinal morreram 20 pessoas e outras dezenas ficaram cegas em razão dos disparos, mas ele reconheceu que errou e pediu desculpas ao povo, e está tentando uma saída negociada”, disse.

Quanto à possibilidade de Lula disputar as eleições em 2022, Haddad afirmou que fica apenas a critério do ex-presidente e que a missão do partido é recuperar os direitos políticos do petista, a partir da anulação da sentença proferida por Sergio Moro. “Ele tem o direito de pleitear o cargo. E Lula representa a paz, a prosperidade, enquanto Bolsonaro representa a violência”, concluiu.

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