Política

Rosemberg diz que é "prematuro" avaliar suposto pedido de desembargadora presa a Rui Costa

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Deputado admitiu que notícia da prisão de Maria do Socorro, ex-presidente do TJ, o pegou de surpresa: "Lamento muito"  |   Bnews - Divulgação Aline Reis/BNews

Publicado em 29/11/2019, às 12h05   Bruno Luiz/ Luiz Felipe Fernandez



Presente na inauguração da Policlínica de Simões Filho na manhã desta sexta-feira (29), o deputado federal Rosemberg Pinto (PT) comentou o suposto pedido de favor da desembargadora Maria do Socorro Barreto Santiago, presa na nova fase da Operação Faroeste, ao governador Rui Costa. O petista admitiu que ainda não sabe "as motivações" da prisão, mas que é "prematuro" afirmar que o bilhete, encontrado pela Polícia Federal e endereçado a Rui, chegou de fato às mãos do governador.

"O que eu ouvi é que havia um bilhete, pela imprensa, e que ninguém sabe se o bilhete chegou ao governador. Acho prematuro dizer que ela pediu ou que existiu qualquer tipo de favor", defendeu Rosemberg, que alegou ser "natural" o contato entre "presidente de poderes".

O deputado confessou que a notícia o pegou de surpresa e que "mexe" com ele. Apesar de não saber os detalhes da prisão de Maria do Socorro, lamentou o ocorrido, já que se trata da uma ex-presidente do TJ. 

"Lamento muito a prisão da desembargadora, obviamente não sei as motivações, vou me inteirar [...] Lógico que desequilibra as relações, ela é uma ex-presidente do Tribunal de Justiça (TJ-BA), uma pessoa que tinha relacionamento com todo mundo", justificou o petista, que ainda disse ser quase conterrâneo da desembargadora.

"Ela é uma pessoa da cidade de Coaraci, próximo inclusive da minha região. Lógico que mexe com a gente", completou.

O bilhete foi encontrado pela Polícia Federal durante cumprimento do mandado de busca e apreensão na residência de Maria do Socorro na manhã desta sexta-feira. Não foi possível confirmar, contudo, que o papel foi entregue a Rui. O pedido seria para que o governador atendesse a uma empresa de táxi aéreo vinculada a Adaílton Maturino, preso na Operação Faroeste, e ao governo da Guiné Bissau. 

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