Política
Publicado em 07/12/2019, às 14h24 Pedro Vilas Boas e Aina Kaorner
A deputada federal Lídice da Mata (PSB) negou um afastamento do PSB com o PT, mesmo após críticas ao ex-presidente Lula durante o congresso nacional do PSB, no Rio de Janeiro, no último dia 27 de novembro.
“Sempre há crítica. Não existe essa ideia de pensar que a esquerda é unanimidade. Todo mundo falando a mesma coisa não existe. Dentro do PT não existe, quanto mais em outros partidos políticos. Há críticas em todos os partidos. O PT é o maior partido de esquerda e é natural que as críticas se dirijam a ele. Não significa uma ameaça às alianças”, disse a deputada, em entrevista ao BNews, neste sábado (7), durante a posse do novo diretório estadual do PT, na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA).
Lídice falou também que é possível que uma parte do PSB se afaste, mas isso não significa um rompimento da esquerda, citando como exemplo a divisão da direita no país.
“Pode existir o afastamento de uma parte, mas não dá para uniformizar como se fosse rompimento. O PSB já teve mais de uma vez candidatura própria, a exemplo de Garotinho [ex-governador do Rio de Janeiro] e Eduardo Campos [ex-governador de Pernambuco], mas isso não impediu a formação e premência da frente de esquerda no Brasil”, lembrou.
“A esquerda é mais complexa que a direita. Hoje que a direita está dividida: uma parte é Bolsonarista; a outra é do PSL, com duras críticas ao governo. Tem a direita do Novo, que não tem muito a ver com o Bolsonarismo e tem um posicionamento liberal na economia. Tem também a direta do PSDB”, enumerou.
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