Política

Neto quer médicos cubanos em vagas não ocupadas por aprovados em concurso

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Prefeito quer aproveitar profissionais que integravam o Mais Médicos e ainda não retornaram ao seu país  |   Bnews - Divulgação Vagner Souza/ BNews

Publicado em 17/12/2019, às 12h31   Bruno Luiz e Luiz Felipe Fernandez


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O prefeito ACM Neto afirmou nesta terça-feira (17), durante a inauguração do Centro de Atenção Psicossocial III (CAPS) no bairro de Armação, que está disposto a aproveitar médicos cubanos que ainda estão no Brasil, para preencher as vagas que não foram preenchidas por concurso público. O democrata chegou a dizer que a sua "maior luta" é conseguir contratar profissionais para as unidades de saúde.

"Nós queremos aproveitar médicos cubanos que estão hoje nessa discussão de permanecer ou não no Brasil. Se puderem permancer, a Prefeitura de Salvador já se candidatou a receber na sua rede, médicos cubanos, de maneira que possamos consistir plenamente as nossas unidades", anunciou.

Segundo o democrata, dos 411 aprovados mediante concurso público, apenas 10% se dispuseram a ocupar a vaga. Diante disso, Neto defendeu a flexibilização das formas de contratação. Além dos médicos cubanos, ele citou a contratação por "pessoa jurídica", o uso de "organizações sociais" e a contração pelo REDA.

"Nada disso pode ser interpretado como uma 'burla' ao concurso público, que é a prioridade. É o principal meio de contratação, mas que no entanto não tem se mostrado eficiente na medida do quanto nós precisamos de novos médicos", justificou.

Lançado em 2013 no governo de Dilma Roussef, o Mais Médicos foi criado com o objetivo de suprir a falta de profissionais nas regiões remotas do país. Em 2018, Cuba decidiu pela saída do país do programa, após Bolsonaro propor alterações no acordo. Desde então, foi reformulado e relançado, desta vez com o nome Médicos pelo Brasil - sem a presença dos cubanos.

No entanto, diversos profissionais da ilha caribenha que vive sob o regime comunista, permanecem ainda hoje no Brasil.

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