Política

Líder do PCdoB quer sensibilizar Lula e PT para formar frente ampla e derrotar bolsonarismo

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Davidson Magalhães afirmou ao BNews que saída de Flávio Dino para encabeçar chapa no PT não passa de "especulação"  |   Bnews - Divulgação Vagner Souza/ BNews

Publicado em 28/01/2020, às 13h37   Luiz Felipe Fernandez



Presidente estadual do PCdoB, Davidson Magalhães afirmou ao BNews nesta terça-feira (28) que não há um movimento de saída de Flávio Dino do partido, para se filiar ao PT e encabeçar uma chapa pela disputa presidencial em 2022.

Uma matéria do O Globo apontou que o ex-presidente Lula buscava essa aproximação, mas o próprio petista desmentiu a possibilidade e reafirmou o apoio a Fernando Haddad.

De acordo com o secretário do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte do estado, o governador do Maranhão tem se reunido com lideranças de esquerda para a formação de uma Frente Ampla capaz de derrotar o bolsonarismo.

O principal "esforço", para Davidson, deve ser em convencer o ex-presidente Lula e o próprio PT, da "necessidade" de se unir e "tirar o país dessa situação". Como exemplo, o líder do PCdoB na Bahia citou a eleição na Argentina, onde Cristina Kirchner liderava as pesquisas de intenções de voto, mas abriu mão da sua "força hegemônica" e retirou a candidatura por compreender o "momento histórico" vivido pelo país.

"O exemplo da Argentina foi o exemplo melhor. Os fatos demonstraram mais que nossas intenções, nossa vontade. A Kirchner liderava as pesqsuisas, mas percebeu as resistências e dificuldades de liderar o processo naquele momento, mesmo sendo a força hegemônica. Entendeu o seu papel histórico e derrotou os neoliberais na Argentina [...] Se tivermos essa compreensão, pode ser que a gente derrote o bolsonarismo já nas eleições municipais e nas próximas eleições", analisou. 

Sobre as eleições municipais em Salvador, Davidson diz que não há mais tempo hábil para "artificializar candidaturas", e assumir esta estratégia é provar que o desconhecimento do jogo político. Segundo o secretário, o momento é de valorizar os que ajudam a "construir o governo" e participam da "luta política", como por exemplo a deputada estadual Olívia Santana, pré-candidata do PCdoB ao pleito.

"Tentar forçar uma candidatura a qualquer preço, só para ter candidatura, termina comprementendo ambos os resultados. Não leva em consideração quem está ajudando a construir o governo, do ponto de vista da luta política. Te que botar a cara para apanhar e bater. Precisamos considerar isso", pondera.

Ele listou a pluralidade de candidatos, do PT, PSB, e do próprio PCdoB e reconhece que "a esquerda devia considerar" aquele candidato que tem possibilidade real de brigar pelo lugar no Palácio Thomé de Souza.

"Temos várias condidaturas postas a Salvador. O PT tem nomes, PSB, PcdoB tem o nome de Olívia, a esquerda devia considerar a candidatura com possibilidade política de fato de fazer esse enfrentamento pra nós ganharmos as eleições em Salvador", assegura.

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