Política

Olívia justifica abstenção em votação da Previdência por confusão e rapidez do processo

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A parlamentar escreveu um longo do texto, criticando tanto a confusão causada pelos sindicalistas das polícias Civil e Penal, quanto o método do governo para aprovar a matéria  |   Bnews - Divulgação Vagner Souza/Arquivo BNews

Publicado em 01/02/2020, às 14h46   Pedro Vilas Boas


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A deputada estadual Olívia Santana (PCdoB), que se absteve de participar da votação da reforma da Previdência dos servidores estaduais, na noite de sexta-feira (31), justificou a ausência neste sábado (1). "Não votei porque não concordei com o processo de decisão sobre uma matéria tão sensível", escreveu.

Por meio de uma publicação no Instagram, a parlamentar, que também é pré-candidata à prefeitura, escreveu um longo texto, criticando tanto a confusão causada pelos sindicalistas das polícias Civil e Penal, quanto o método do governo para aprovar a matéria.

"Não votei porque não concordei com o processo de decisão sobre uma  matéria tão sensível, que afeta os direitos dos trabalhadores, num ambiente de absoluto caos. Somos parte da bancada do governo,  mas  respeitamos os trabalhadores e trabalhadoras que lutam por garantia de direitos,  num momento de desmonte de conquistas, que imaginávamos consolidadas", diz um trecho.

Olívia foi um dos alvos das críticas dos sindicalistas. "Sempre fui de esquerda, mas agora...2022 vem aí", disse um policial à deputada comunista.

"Entretanto, repudio a presença estranha de uma parcela de manifestantes armados no plenário da Assembleia Legislativa da Bahia. Intimidar e ameaçar parlamentares com arma de fogo são agressões contra a democracia.  O espaço legislativo não é lugar para a força das armas. É nosso dever refutar veementemente", diz outro trecho.

A votação foi marcada por "ovada", porta quebrada e gás de pimenta, durante conflito com os sindicalistas. A portas fechadas, os deputados governistas conseguiram aprovar, em dois turnos, a proposta. Foram 44 votos a favor e 6 contrários. 

Sobre a minha retirada da votação da PEC da Previdência ontem. Não votei porque não concordei com o processo de decisão sobre uma  matéria tão sensível, que afeta os direitos dos trabalhadores, num ambiente de absoluto caos. Somos parte da bancada do governo, mas respeitamos os trabalhadores e trabalhadoras que lutam por garantia de direitos,  num momento de desmonte de conquistas, que imaginávamos consolidadas. Entretanto, repudio a presença estranha de uma parcela de manifestantes armados no plenário da Assembleia Legislativa da Bahia. Intimidar e ameaçar parlamentares com arma de fogo são agressões contra a democracia.  O espaço legislativo não é lugar para a força das armas. É nosso dever refutar veementemente. Mas nem todos que estavam ali eram disseminadores da violencia. Havia grupos de sindicalistas sérios, da nossa base social,  que sempre caminharam ao nosso lado e que  queriam mais tempo para negociar com o governo,  embora outros tivessem fechado questão na retirada do projeto. Rui Costa é um governante que tem feito muito pela Bahia, não tem encontrado refresco,  por isso compreendo que não é fácil estar na pele dele e tomar certas decisões.  Mas os métodos precisam ser outros. Desde a chegada da primeira PEC na ASSEMBLEIA LEGISLATIVA escolhi o lado da negociação. Participei ativamente da elaboração das propostas de emendas, apresentadas pela bancada do PCdoB, ainda em dezembro. Partipei de várias reuniões recebendo sindicalistas,  representantes do Fórum das Centrais Sindicais e da CEO (Carreiras de Estado Organizadas), junto com o deputado Rosemberg, que é o lider do nosso governo.  Houve mudanças em vários pontos da segunda proposta, a PEC 159, fruto da luta sindical e do que foi possível negociar, a partir da mediação  dos parlamentares. Mas poderiamos ter avançado mais se o tempo não fosse tão curto. É preciso acalmar os ânimos,  ter equilíbrio e seguir em frente construindo melhores relações políticas. Sigo na base do governo,  respeitando os meus colegas de bancada e as instâncias do PCdoB.

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