Política

“Cortar recurso do servidor é dar um tiro no pé da cidade”, diz Aladilce sobre Previdência municipal

Roberto Viana/BNews
Vereadora criticou demora do prefeito ACM Neto de entregar os documentos à CMS  |   Bnews - Divulgação Roberto Viana/BNews

Publicado em 22/02/2020, às 20h15   Eliezer Santos e Yasmin Garrido


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A vereadora Aladilce Souza (PCdoB) não mediu esforços, na noite deste sábado, durante a saída do Ilê Aiyê, para criticar a postura do prefeito ACM Neto (DEM) quanto à demora do envio de documentos necessários para que a Câmara de Salvador (CMS) possa analisar a proposta de Reforma da Previdência do município.

De acordo com ela, não basta o democrata dizer que existe um déficit de R$ 7 bilhões, sendo necessário que os vereadores saibam de onde veio o rombo e o que pode ser feito para amenizar a situação.

“A gente quer saber de onde vem, qual o histórico do déficit e as alternativas. Nós queremos que Salvador tenha uma previdência equilibrada. Mas, antes de discutir o projeto, queremos o histórico, a mesma coisa que pedimos ao governo do Estado”, disse.

Ainda segundo Aladilce, os parlamentares não vão aceitar “nenhuma resposta do prefeito que prejudique ainda mais o servidor público”. Ao BNews ela afirmou que o servidor municipal está há cinco anos sem reajuste e mencionou a situação dos profissionais de saúde, que tiveram “direitos históricos modificados”.

"Os planos de carreira foram desmontados na gestão de ACM Neto. Cortar recurso do servidor é dar um tiro no pé na própria cidade, que já é pobre, com a penúltima renda per capita entre as capitais brasileiras. E é isso o que a gente quer da Câmara, critério para que não diga amém ao que prefeito quer de qualquer forma”, concluiu.

Tarifa de ônibus
Em meio às críticas à gestão de ACM Neto, Aladilce disse que considera inadmissível o gestor considerar um aumento na tarifa dos ônibus municipais. “Eu acho absurdo, porque, inclusive o TAC que foi assinado previa segurar a tarifa no valor que está. Então, não tem motivo esse reajuste”.

A vereadora também ressaltou que, neste momento, em que a cidade tem 30% da população que anda a pé porque não pode pagar a meia passagem, o prefeito deveria pensar em tarifa social e não aumento de preço. “Um centavo sequer de reajuste, quando multiplicado, já produz um efeito muito grande para a população”, declarou.

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