Política

Em conflito com Congresso, Bolsonaro e filho defenderam orçamento impositivo quando eram deputados

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Publicado em 02/03/2020, às 12h52   Redação BNews


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Em pé de guerra com o Congresso, após ver o movimento de deputados para ampliarem o poder sobre o Orçamento da União, Jair Bolsonaro sempre se posicionou a favor do tema em sua trajetória como parlamentar. 

O seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, que recentemente fez ataques aos colegas de Congresso pela polêmica com o orçamento impositivo, também votava a favor da medida.

Em 2015, em entrevista à jornalista Marina Godoy, Bolsonaro elogiou a emenda aprovada pelo então presidente da Câmara, Eduardo Cunha (MDB). "O que que o parlamentar tem para negociar em Brasília? O seu voto. Esse Congresso ganhou muito em relação ao do ano passado, em especial graças ao atual presidente, Eduardo Cunha, que aprovou uma emenda à Constituição que trata do orçamento impositivo", disse Bolsonaro na época.

A repercussão nas redes sociais foi grande e o vídeo da entrevista viralizou. Eduardo Bolsonaro usou o Twitter para justificar a sua posição. Segundo ele, o "impacto" da primeira medida, a PEC 34, seria de apenas 1% no orçamento da União, e agora, com a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), será dado ao relator R$ 30 bilhões, com o risco do seu pai ser imputado por "crime de responsabilidade" caso não a execute.

"Eu votei a favor da PEC 34, o chamado orçamento impositivo das bancadas. O impacto disso é 1% da receita e, se o governo não tiver dinheiro para cumprir esse orçamento das bancadas, não acontecia nada. Agora, com a LDO [Lei de diretrizes orçamentárias], o que tá acontecendo – que é outra matéria, totalmente diferente dessa. A LDO tá dando R$ 30 bilhões para outra pessoa, que o relator do orçamento. E, se o presidente não executá-la em 90 dias, ele incorre em crime de responsabilidade", explicou.

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