Política

Após decisão sobre bloqueio de bens, Zé Ronaldo nega acusações e diz que ainda não foi notificado

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Além do ex-prefeito, o juiz federal Alex Schramm de Rocha determinou o bloqueio de bens em até R$ 24 milhões de outras quatro pessoas  |   Bnews - Divulgação Gilberto Junior/Arquivo BNews

Publicado em 03/03/2020, às 17h24   Redação BNews


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O ex-prefeito de Feira de Santana, a 109 km de Salvador, José Ronaldo (DEM), negou, em entrevista ao BNews nesta terça-feira (3), acusações sobre fraude de licitação em sua gestão envolvendo a Coofsaúde e disse não ter sido notificado sobre a decisão judicial que determinou bloqueio de bens em até R$ 24 milhões do antigo gestor.

"Tomei conhecimento através da imprensa. Não tenho conhecimento do conteúdo nem do Ministério Público [que ofereceu a denúncia] nem da decisão do juiz de direito. Vou aguardar ser notificado e, evidentemente, que, através dos advogados, farei os esclarecimentos", disse.

Além do ex-prefeito, o juiz federal Alex Schramm de Rocha determinou o bloqueio de bens em até R$ 24 milhões da ex-secretária de Saúde Denise Lima Mascarenhas e dos servidores municipais Antonio Rosa de Assis, José Gil Ramos Lima da Penha e Cleudson Santos Almeis.

"Em momento algum tomei conhecimento da denúncia a respeito do meu patrimônio. Tudo foi comprado antes de seu ser prefeito de Feira. Meu patrimônio mais novo tem 32 anos. [...] Não cometi nenhum crime no período de vida pública", completou.

A denúncia

Os contratos da prefeitura de Feira de Santana com a Coofsaúde ultrapassaram R$ 285 milhões em apenas em um ano. A gestão do demista ainda rendeu multa aplicada pelo Tribunal de Contas dos Municípios (TCM). A gestão de Colbert Martins (MDB) – que sucedeu Zé Ronaldo – não conseguiu comprovar a realização de serviços no valor de R$ 14 milhões. 

Segundo denúncia do Ministério Público Federal (MPF), a cooperativa recebeu entre 2009 e 2018 cerca de R$ 285,6 milhões do Fundo Municipal de Saúde e da Fundação Hospitalar de Feira de Santana. Desse total, estima-se que tenham sido superfaturados R$ 71,6 milhões. 

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