Política

Marcos Mendes diz que previdência é "superavitada" e cobra explicação da Prefeitura por isenção fiscal a empresas de ônibus

Vagner Souza/ BNews
Psolista citou estudos que negam o déficit previdenciário e diz que vai pedir dados que comprovem o rombo no município  |   Bnews - Divulgação Vagner Souza/ BNews

Publicado em 11/03/2020, às 14h29   Luiz Felipe Fernandez


FacebookTwitterWhatsApp

O vereador de Salvador Marcos Mendes (Psol) afirmou que o déficit previdenciário no Estado e município não existem e que vai cobrar explicações da Prefeitura sobre isenções fiscais a empresários, além de uma lista com o quadro de funcionários Reda, terceirizados e comissionados. O psolista deu como exemplo a isenção de 5% do ISS a empresas de ônibus, que teve a tarifa elevada para R$ 4,20.

Segundo Mendes, ele já pediu à Secretaria de Gestão e à Secretaria da Fazenda os dados referentes à economia municipal. O edil, que participou nesta terça-feira (10) de ato em frente à Câmara Municipal de Salvador (CMS) junto com os servidores, contra a reforma da Previdência do município, ressaltou que trabalhadores do Reda e terceirizados só contribuem para o INSS, autarquia do Governo Federal.

Baseado em estudos de Maria Lucia Fattorelli, coordenadora Nacional da Auditoria Cidadã, Marcos Mendes reforçou que os cálculos que definem o déficit previdenciário, só leva em conta a arrecadação feita por empregados e empregadores e exclui contribuições do Estado. "Tanto a seguridade social quanto a Previdência são superavitárias, eles não falam isso, dizem que é deficitária porque pega a contribuição do trabalhador e da empresa, mas não pegam do Pis/Pasep, Cofins, loteria federal, nada disso eles pegam", justifica.

Mendes defende que haja uma análise do rombo atuarial, que segundo o psolista tende a virar uma "bola de neve" sem a contribuição de terceirizados e comissionados para a Previdência municipal. Ele cobra ainda um relatório com empresas que sonegam impostos e uma investigação detalhada sobre as parcerias público-privadas. Em suas palavras, este tipo de concessão do Estado se torna uma espécie de "agiotagem" com o dinheiro dos contribuintes.

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp