Política
Publicado em 09/04/2020, às 20h58 Redação BNews
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), criticou o ministro da Economia, Paulo Guedes, por ‘vender as coisas do jeito que ele quer’. Segundo o parlamentar, o impacto fiscal do projeto de ajuda emergencial a estados e municípios não será de R$ 180 bilhões, mas de, no máximo, R$ 80 bilhões.
A votação do projeto, conhecido como Plano Manuseto, foi adiada para a semana que vem após comentários do governo que desagradaram os deputados. “Adiamos porque, como o governo vendeu uma tese de que eram R$ 180 bilhões, nós temos convicções do que estamos fazendo. Paramos para mostrar que não é esse impacto, para deixar claro que estamos abertos a uma proposta”, afirmou Maia.
Ele explicou que o impacto informado pelo governo não é real, pois inclui nos R$ 180 bilhões até a previsão de arrecadação dos recursos liberados para emprego e renda mínima. “Então, todo programa do governo agora que ele colocar dinheiro em alguma obra vai gerar arrecadação e ele vai incluir isso no atendimento aos governadores? Não faz sentido”, apontou o parlamentar.
De acordo com o Valor Econômico, o presidente da Câmara lembrou que, na política, a solução através do diálogo sempre é a melhor solução. “É preciso ter paciência e equilíbrio para ter tempo para mostrar para a sociedade os fatos reais, o que está acontecendo de forma real em cada uma das matérias. Na política, ninguém deve ter vitórias absolutas”, alfinetou.
Maia revelou que um deputado classificou o ministro da Economia como um vendedor de redes: “É basicamente isso. Ele vende as coisas do jeito que ele quer, da forma que ele quer e a imprensa, recebendo a informação do Ministério da Economia, tem que acreditar”.
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