Política

Maia critica Paulo Guedes por ‘vender as coisas do jeito que ele quer’ e diz que impacto do Plano Manuseto não é de R$ 180 bi

Maryanna Oliveira/ Câmara dos Deputados
Ele explicou que o valor informado pelo governo não é real, pois inclui até a previsão de arrecadação dos recursos liberados para emprego e renda mínima  |   Bnews - Divulgação Maryanna Oliveira/ Câmara dos Deputados

Publicado em 09/04/2020, às 20h58   Redação BNews


FacebookTwitterWhatsApp

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), criticou o ministro da Economia, Paulo Guedes, por ‘vender as coisas do jeito que ele quer’. Segundo o parlamentar, o impacto fiscal do projeto de ajuda emergencial a estados e municípios não será de R$ 180 bilhões, mas de, no máximo, R$ 80 bilhões.

A votação do projeto, conhecido como Plano Manuseto, foi adiada para a semana que vem após comentários do governo que desagradaram os deputados. “Adiamos porque, como o governo vendeu uma tese de que eram R$ 180 bilhões, nós temos convicções do que estamos fazendo. Paramos para mostrar que não é esse impacto, para deixar claro que estamos abertos a uma proposta”, afirmou Maia.

Ele explicou que o impacto informado pelo governo não é real, pois inclui nos R$ 180 bilhões até a previsão de arrecadação dos recursos liberados para emprego e renda mínima. “Então, todo programa do governo agora que ele colocar dinheiro em alguma obra vai gerar arrecadação e ele vai incluir isso no atendimento aos governadores? Não faz sentido”, apontou o parlamentar.

De acordo com o Valor Econômico, o presidente da Câmara lembrou que, na política, a solução através do diálogo sempre é a melhor solução. “É preciso ter paciência e equilíbrio para ter tempo para mostrar para a sociedade os fatos reais, o que está acontecendo de forma real em cada uma das matérias. Na política, ninguém deve ter vitórias absolutas”, alfinetou.

Maia revelou que um deputado classificou o ministro da Economia como um vendedor de redes: “É basicamente isso. Ele vende as coisas do jeito que ele quer, da forma que ele quer e a imprensa, recebendo a informação do Ministério da Economia, tem que acreditar”.

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp