Política
Publicado em 03/06/2020, às 14h25 Pedro Vilas Boas
O autônomo Ernando Peixoto, processado por suposto envolvimento na fake news sobre a administração do Hospital Espanhol, na Barra, viajou a Brasília e fez um apelo ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na manhã desta quarta-feira (3), durante a já tradicional conversa do chefe do executivo federal com apoiadores no Palácio do Alvorada.
"Estou sendo condenado pelo governador do estado de fake news. Sou aquele cidadão que lutou e luta pela Bahia. O povo da Bahia, os médicos, enfermeiros, está sendo maltratados (sic). Nós, comerciantes, está sendo acusado de todo tipo de terrorismo, enquanto quem faz o terrorismo na Bahia é o governador do estado [Rui Costa (PT)] (sic)", disse, aos berros.
O senador Otto Alencar, seu filho deputado federal Otto Alencar Filho, senador Angelo Coronel - ambos do PSD -, o Rui Costa e o secretário estadual de Saúde, Fábio Vilas-Boas, são vítimas da denúncia baseada em informações falsas que o governo do estado teria "entregue gratuitamente e sem licitação" a administração do Hospital Espanhol ao Instituto Nacional de Tecnologia da Saúde (INTS), empresa, segundo a mensagem encaminhada por Bolsonaro a Sergio Moro, pertencente a Otto Alencar Filho (PSD-BA).
A mentira repassada por Bolsonaro com o então ministro da Justiça diz ainda que as refeições servidas no hospital de campanha seriam fornecidas por um preço seis vezes mais caro que o normal pelo senador Ângelo Coronel.
O INTS pertence a apenas uma pessoa, que não tem ligação com a família de Otto. A administração do Hospital Espanhol foi vencida após processo licitatório.
Após o apelo de Ernando e de outros apoiadores, Bolsonaro afirmou que "vai passar do limite de muita gente". "Tô ouvindo aqui, não tenho poder pra resolver tudo, sou sozinho. É um sistema que temos pela frente, mas vai chegar a um ponto que...vai passar do limite de muita gente aí".
Na semana passada, dois novos nomes surgiram como suspeitos de participação na fake news envolvendo a administração do Hospital Espanhol, na Barra. Agora, Cristiana Santana Pereira Ribeiro está sendo processada por calúnia, difamação e injúria como uma das autoras da mentira. O outro investigado é Jair Roberto Rosa, que seria o autor da mensagem encaminhada ao presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido).
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