Política

AL-BA: Nelson Leal descarta convocar Rui para prestar esclarecimentos sobre compra de respiradores: "Acima de qualquer suspeita"

Arquivo BNews
O deputado baiano Paulo Câmara (PSDB) e Raniery Paulinho, do MDB da Paraíba, pediram para que Rui fosse convocado às respectivas Assembleias Legislativas para explicar a compra dos respiradores  |   Bnews - Divulgação Arquivo BNews

Publicado em 10/06/2020, às 19h25   Pedro Vilas Boas


FacebookTwitterWhatsApp

O presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), deputado estadual Nelson Leal (PP), descartou, durante transmissão ao vivo nas redes sociais na noite desta quarta-feira (10), convocar o governador Rui Costa (PT) para prestar esclarecimentos sobre a compra fracassada de respiradores pelo Consórcio do Nordeste, do qual é presidente, que resultou em um inquérito no Ministério Público Federal (MPF).

"Não tem nem esse papel, regimento na Casa. Não se pode convocar nem convidar o governador, não temos essa prerrogativa. Nem de apreciarmos nem convite nem convocação. Até porque acho que o governador está acima de qualquer suspeita, correto, sério. O governador agora tem que focar em ações no combate à covid-19", disse, após ser questionado pelo BNews durante a live.

O deputado baiano Paulo Câmara (PSDB) e Raniery Paulinho, do MDB da Paraíba, pediram para que Rui fosse convocado às respectivas Assembleias Legislativas para explicar a compra dos respiradores.

“É um convite para que ele possa explicar ao parlamento o início, meio e fim da compra dos respiradores, porque, até então, a gente só sabe pela imprensa.  Será um gesto de nobreza e transparência do governador ir à AL-BA explicar aos deputados.  A oposição não tem faltado ao governador”, disse Câmara, nesta quarta, em conversa com a reportagem. 

O inquérito

O MPF instaurou inquérito civil para apurar eventuais atos de improbidade administrativa relacionados ao contrato firmado pelo Consórcio Nordeste com a Hempcare Pharma Representações LTDA no episódio da compra frustrada de respiradores.

A aquisição de ventiladores pulmonares para atendimento ao Sistema Único de Saúde (SUS) no contexto da pandemia do novo coronavírus esteve no centro da Operação Ragnarok, deflagrada pela Polícia Civil da Bahia na semana passada. A investigação apura a compra de 300 respiradores adquiridos pelo grupo e não entregues pela empresa.

A aquisição fora feita em abril. O Consórcio desembolsou aproximadamente R$ 49 milhões nos aparelhos e o dinheiro não foi devolvido. De acordo com as investigações, a empresa tentou negociar de forma fraudulenta com vários setores no país, entre eles os Hospitais de Campanha e de Base do Exército, ambos em Brasília.

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp