Política

Justiça pede histórico de 12 anos de viagens de Flávio Bolsonaro

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Agência de viagens Decolar.com deve entregar todos os dados disponíveis ao Ministério Público. Promotoria quer traçar caminho de dinheiro  |   Bnews - Divulgação Reprodução

Publicado em 19/06/2020, às 08h45   Redação BNews



A agência de viagens Decolar.com foi obrigada pela Justiça do Rio de Janeiro a entregar ao Ministério Público todas as informações disponíveis sobre viagens realizadas pelo senador Flávio Bolsonaro (Republicanos) e de sua mulher, Fernanda Antunes Bolsonaro, no período de 12 anos - entre 1º de janeiro de 2007 e 17 de dezembro de 2018. O intervalo corresponde aos mandatos do político como deputado estadual na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.

A decisão é do juiz Flávio Itabaiana - o mesmo que determinou a prisão de Fabrício Queiroz, ex-assessor do filho do presidente da República, nesta quinta-feira (19), em São Paulo. O MP pediu à empresa todos os dados das transações comerciais com o senador e sua esposa, tais como datas, origens e destinos das viagens, produtos contratados (pacotes turísticos, hotéis, transporte), os nomes dos passageiros indicados nos bilhetes, valores pagos e formas de pagamentos.

Segundo o Uol, os promotores de Justiça consideram que tais dados são pertinentes para investigação, pois podem indicar "o caminho traçado pelo dinheiro e, inclusive, se os investigados têm renda compatível com os gastos". A Decolar.com chegou a recorrer duas vezes ao Tribunal de Justiça do Rio alegando que fornecer os dados violariam o direito à intimidade dos investigados, mas não obteve ganho de causa. A empresa afirmou que "atendeu à decisão judicial, fornecendo as informações solicitadas". O MP afirmou que o "inquérito está em andamento e as investigações estão sob sigilo". A assessoria do senador não respondeu.

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