Política

Deputado é ameaçado de morte após Zambelli incitar ataques e irá recorrer ao STF

Gustavo Bezerra/Câmara
Parlamentar sugeriu um "tsunami bolsonarista" nas redes sociais de Rogério Correia (PT), que publicou que pediria a retenção do passaporte de Abraham Weintraub  |   Bnews - Divulgação Gustavo Bezerra/Câmara

Publicado em 20/06/2020, às 08h38   Redação BNews


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O deputado Rogério Correia (PT-MG) sofreu ameaças de morte nesta sexta-feira (19), momentos depois da parlamentar bolsonarista Carla Zambelli (PSL-SP) incitar ataques por meio de um "tsunami bolsonarista em suas redes".

Correia afirmou que levará o caso a polícia e recorrerá ao Supremo Tribunal Federal (STF).

A reação de Carla Zambelli começou após o deputado petista divulgar que enviaria um pedido a Alexandre de Moraes para reter o passaporte de Abraham Weintraub, ex-ministro da Educação alvo do inquérito da fake news, por ameaças aos membros do Supremo, à democracia e também racismo. 7

A justificativa de Correia é de que Weintraub, indicado por Jair Bolsonaro à direção do Banco Mundial, pode deixar o país, comprometendo assim as investigações contra ele.

Zambelli respondeu ao post do petista e o chamou de "ditadorzinho": "Hoje vc vai sentir o tsunami Bolsonarista em suas redes. Seu ato é uma afronta ao povo brasileiro que votou em Bolsonaro e Vc não respeita o PROCESSO DEMOCRÁTICO! DITADORZINHO!", escreveu a deputada, que teve como padrinho de seu casamento o ex-ministro da Justiça, Sergio Moro.

A partir daí, o parlamentar passou a receber diversas ameaças. A pior delas, de acordo com ele, é de um mesmo usuário que o enviou 40 mensagens pelo Facebook e tentou várias vezes ligar para o deputado pelo chat da rede social, com ameaças inclusive de tortura e cita ainda uma bomba que seria deixada no seu carro.

"Não é possível. A deputada faz uma ameaça dessas e depois chegam até ameaças de morte. Recebi ameaças de morte horas depois. Vou pedir uma investigação à polícia e ao STF, para o gabinete do ministro Alexandre de Moraes. Percebi muitos robôs, muitas mensagens, com muitos xingamentos e ódios. Isso só comprova como os bolsonaristas agem de fato", alertou Correia.

Carla Zambelli também é uma das bolsonaristas investigadas no inquérito das fake news e na organização de atos antidemocráticos em Brasília. Na oportunidade de dar o seu esclarecimento a Polícia Federal, a parlamentar optou por ficar em silêncio, bem como Abraham Weintraub.

De acordo com informações da Época, Zambelli respondeu sobre o caso e minimizou as ameaças. Ela diz também ser alvo de retaliações e que não ter "culpa" pelo deputado "querer mexer em assuntos que não lhe cabem".

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