Política

Pressão sobre Pazuello cresce após crise com Gilmar Mendes

Marcos Corrêa/ PR
Militar indicou a aliados que não pretende antecipar sua ida para a reserva   |   Bnews - Divulgação Marcos Corrêa/ PR

Publicado em 14/07/2020, às 22h53   Redação BNews


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O alto escalão das Forças Armadas tem pressionado ainda mais o governo para a saída do ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello. Após a crítica do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes ao Exército, a situação piorou e os militares querem dissociar a sua imagem ao Governo Bolsonaro. Para isso, indicaram a Pazuello que saia do comando da pasta ou se transfira para a reserva. 

De acordo com a Folha de S.Paulo, o ministro interino teria confidenciado a aliados que não quer antecipar sua ida para a reserva e que o presidente pode utilizar duas oportunidades no calendário da pandemia para dar posse a um novo titular: no final deste mês ou em setembro. Pazuello foi oficializado como ministro interino em 3 de junho e, desde então, a cúpula das Forças Armadas solicitava a sua saída o mais rápido possível para que o papel dos militares da ativa não fosse confundido com a política.

No sábado (11), Gilmar Mendes disse que o Exército, ao ocupar cargos técnicos no Ministério da Saúde durante uma pandemia, está se associando a um genocídio​. Como resposta, o Ministério da Defesa encaminhou nesta terça-feira (14) representação à PGR (Procuradoria-Geral da República) contra o ministro do STF, além de divulgar duas notas de repúdio.

"Eu vi o cidadão Gilmar Mendes fazer uma crítica totalmente fora de propósito, ao comparar o que ocorre no Brasil com um genocídio. Genocídio foi cometido por Stálin contra as minorias russas, foi cometido por Hitler contra os judeus. Foi cometido na África, em Ruanda, e outros casos. [Por] Saddam Hussein contra os curdos. O ministro exagerou demais no que ele falou", disse o vice-presidente Hamilton Mourão durante entrevista à CNN Brasil.

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