Política

Para barrar impeachment, Witzel cede na política e acena a bolsonaristas

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Witzel é suspeito de envolvimento em fraudes na contratação de equipamentos e insumos para o setor de saúde do estado  |   Bnews - Divulgação Philippe Lima/Fotos Públicas

Publicado em 27/07/2020, às 08h19   Redação Bnews



O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), vem cedendo a pressões políticas para tentar barrar seu processo de impeachment na Assembleia Legislativa. De acordo com a Folha S. Paulo, por sugestão do vice, Cláudio Castro (PSC), Witzel readmitiu o ex-deputado federal André Moura na Secretaria da Casa Civil. Além disso, ele tem estreitado relações com deputados alinhados do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), considerados rivais.

Moura tem um bom trânsito na Assembleia. Em entrevista à Folha, ele afirmou que não assumiu o cargo com a missão de impedir a aprovação da denúncia contra o governador. O governador do Rio tem até a próxima quinta-feira (30) para entregar sua defesa à Assembleia.

"Meu compromisso é de governabilidade, gestão. Não é trabalhar contra o impeachment. Até porque eu não seria maluco de assumir essa missão nos 45 minutos do segundo tempo", disse o ex-deputado federal. 

Processo

O processo de impeachment foi aprovado por unanimidade, recebendo votos favoráveis de 69 dos deputados estaduais presentes à sessão, pelo crime de responsabilidade, no dia 10 de junho deste ano. Witzel é suspeito de envolvimento em fraudes na contratação de equipamentos e insumos para o setor de saúde do estado. O governador nega as acusações.

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