Política

Maia diz que Câmara é contra prorrogação de estado de calamidade e que cobrará responsabilidade fiscal

Luis Macedo Câmara dos Deputados
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, participou de uma live da XP Investimentos  |   Bnews - Divulgação Luis Macedo Câmara dos Deputados

Publicado em 15/10/2020, às 13h10   RedaçãO BNews



O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, participou de uma live da XP Investimentos neste sábado, (17), e declarou ser contra à prorrogação do estado de calamidade pública no país após o dia 31 de dezembro.

“Não haverá na Câmara dos Deputados, enquanto eu for presidente, até 1º de fevereiro, nenhuma hipótese de se usar a PEC da guerra e nenhuma hipótese de prorrogar o estado de calamidade. Não há necessidade. Nós precisamos de responsabilidade”, disse Maia em live da XP Investimentos.

Maia afirmou que cobrará dos governadores e congressistas responsabilidade fiscal sem “jeitinho”, mesmo sob justificativa de prorrogar o Auxílio Emergencial. Para ele, uma das soluções é encontrar formas de financiar o novo programa de renda mínima do governo, chamado de Renda Cidadã, dentro do Orçamento, respeitando o teto de gastos.

“Nesse momento eu não vejo outro caminho e acho que esses debates sobre criar extrateto reduzindo receitas tributárias, prorrogar o decreto de calamidade, tudo isso vai significar, de hoje até o final do ano, a perda de muito mais do que R$ 30 bilhões ou R$ 40 bilhões, que é o que nós precisamos encontrar dentro do Orçamento para construir esse programa”, avaliou Maia.

O presidente da Câmara lembrou que no país  “ideias criativas” para alterações nos orçamentos públicos “geram desastres econômicos que impactam as famílias brasileiras”.

Com a responsabilidade de definir a pauta de votação na Câmara, o deputado federal do RJ garantiu que não haverá “jeitinho: “Como responsável pela pauta, eu tenho deixado claro que esse jeitinho, esse jeito criativo, não vai ser aceito pela Câmara dos Deputados”.

Maia explica acredita que, mesmo que medidas como o auxílio emergencial tragam benefício da população e aumento da boa avaliação do governo, é preciso ter “responsabilidade” para que a conta não seja cobrada: “Não adianta dar uma boa notícia agora, porque depois quem vai pagar a conta são os beneficiários que estão sendo apoiados”.

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