Política

Senador flagrado com dinheiro na cueca atuava como líder de esquema que desviava recursos da pandemia, diz PF

Agência Senado
Após analisar mensagens no celular do senador, a PF constatou que ele atuava como se fosse ums "gestor paralelo" da Secretaria de Saúde de Roraima  |   Bnews - Divulgação Agência Senado

Publicado em 22/10/2020, às 10h51   Redação BNews


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A Polícica Federal (PF) classificou o senador e ex-vice-líder do governo Chico Rodrigues (DEM-RR), flagrado com dinheiro na cueca, como líder de um esquema que desviava recursos da pandemia destinados ao estado de Roraima. Essa informação veio à tona depois que o ministro Luís Roberto Barroso, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF), levantou o sigilo sobre o inquérito.

Após analisar mensagens no celular do senador, a PF constatou que ele atuava como se fosse ums "gestor paralelo" da Secretaria de Saúde de Roraima, cobrando a liberação do dinheiro de emendas parlamentares para o pagamento a empresas investigadas no esquema.

Um dos contratos investigados era para o fornecimento de álcool em gel para esterilização contra o coronavírus. Segundo a PF, Chico Rodrigues questiona o funcionário responsável pela liberação do dinheiro. No dia 29 de fevereiro, Chico Rodrigues questiona Francisvaldo sobre o pagamento de "Gilce": "Você adiantou o pgto da Gilce/18: serviços?".

De acordo com a PF, "tudo indica que o senador estaria cobrando o pagamento da empresa Haiplan Construções Comércio e Serviços Ltda tendo em vista que um dos sócios da empresa é Júlio Rodrigues Ferreira, marido de Gilce de Olliveira Pinto".

A PF chegou a conclusão de que "A forma com que o senador cobrava o pagamento indica que o parlamentar estaria atendendo não apenas aos interesses do estado de Roraima, mas também aos seus próprios".

Ainda segundo as investigações, a empresa entregou o produto errado: álcool 65%, indicado para limpar móveis, mas inadequado para esterilização.

A Polícia Federal também descobriu que Chico Rodrigues permitiu que assessoras dele trabalhassem na empresa privada do filho, Pedro Rodrigues, que é suplente do pai e vai assumir a vaga dele no Senado.

A defesa do senador divulgou nota  ao site G1 na qual afirmou que Chico Rodrigues jamais interferiu indevidamente em prol de interesses privados nos contratos do estado de Roraima.

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