Política

Rui questiona euforia na oposição no pós-eleição: "não tinham candidato para me enfrentar"

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O governador da Bahia avalia que a derrota sofrida nas urnas em 2020 não necessariamente significa uma fragilização do grupo  |   Bnews - Divulgação Vagner Souza/ BNews

Publicado em 18/11/2020, às 12h15   Nilson Marinho e Raul Aguilar



O governador da Bahia, Rui Costa (PT), avalia que a derrota sofrida nas urnas em 2020 não necessariamente significa uma fragilização do grupo de partidos que compõem sua aliança para o pleito de 2022. Em um tom de ironia, o governador lembrou que em 2018 o grupo de oposição apresentou um candidato próximo ao pleito.

"As pessoas ficam fazendo previsão a dois anos como se o povo tivesse uma linha reta e seguissse. O raciocínio na municipal [eleição] não necessariamente se reproduz nas outras.  Todo mundo achou que o prefeito [ACM Neto] que tinha ganho a eleição em 75% [em 2016], e que em 2018 nosso grupo ia perde eleição, e eu quase não teria adversário, ninguém teve coragem de sair candidato e na última hora que arrumaram um candidato para me enfrentar, escolheram na última hora dada fragilidade da oposição. Tudo depende das circunstâncias ", explicou Costa. 

O governador usa o exemplo de sua votação na cidade de Camaçari como exemplo da imprevisibilidade do pleito, mesmo em cidades sob liderança de partidos de oposição: "Perdi em 2014 em Camaçari quando o prefeito era do PT e ganhei em 2018 com uma folga gigantesca com um prefeito do Democratas".

Governo Federal

O governador petista acredita que o cenário de 2020 ficou ainda mais desfavorável para uma eventual reeleição do presidente da República, Jair Bolsonaro (Sem Partido), já que o povo brasileiro evitou votar em "aventureiros". 

"O que eu acho que vai ganhando posição hegemônica em nosso país, graças a Deus, é que esse governo inconsistente, acéfalo, o povo brasileiro  não quer mais. E isso explica um pouco o fato do Boulos [Guilherme Boulos (PSOL)] ter ido para o segundo turno. O povo está dizendo chega, com esse Governo Federal não temos condições de vivermos e precisamos o mais rápido possível tirar isso do caminho.  Se tem uma aposta que eu faria é que daqui a dois anos nos teremos uma sensação no povo brasileiro que já deu, que o que tinha que errar já errou e agora é hora de buscar reconstruir o nosso país", destacou Rui Costa (PT).  

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