Política

Eduardo Bolsonaro ataca 5G da China e embaixada do país repudia declaração

Lula Marques / Fotos Públicas
Bnews - Divulgação Lula Marques / Fotos Públicas

Publicado em 25/11/2020, às 07h32   Redação Bnews


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O deputado e presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara, Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), provocou a China, maior parceiro comercial do Brasil, em uma publicação feita no Twitter, apagada depois da repercussão negativa.

O deputado escreveu na noite desta segunda-feira (23) sobre o 5G, a internet móvel de quinta geração e assunto caro entre China e Estados Unidos, que travam uma guerra comercial para o monopólio da tecnologia. Na mensagem, Eduardo dizia que o governo brasileiro declarou apoio a uma “aliança global para um 5G seguro, sem espionagem da China”.

“O governo Jair Bolsonaro declarou apoio à aliança Clean Network, lançada pelo governo Donald Trump, criando uma aliança global para um 5G seguro, sem espionagem da China”, escreveu. Segundo o deputado, a aliança com os Estados Unidos é para que o Brasil não sofra com supostas invasões e violações às informações particulares de cidadãos e empresas. “Isso ocorre com repúdio a entidades classificadas como agressivas e inimigas da liberdade, a exemplo do Partido Comunista da China”, completou.

A embaixada da China no Brasil afirmou, em nota, que as acusações são “infundadas” e enfraquecem as relações entre os dois países. Afirmou também que as declarações do deputado seguem "os ditames dos Estados Unidos de abusar do conceito de segurança nacional para caluniar".

“Isso é totalmente inaceitável para o lado chinês e manifestamos forte insatisfação e veemente repúdio a esse comportamento. A parte chinesa já fez gestão formal ao lado brasileiro pelos canais diplomáticos. ”, diz o texto da embaixada.  

"Os EUA têm um histórico indecente em matéria de segurança de dados. Certos políticos norte-americanos interferem na construção da rede 5G em outros países e fabricam mentiras sobre uma suposta espionagem cibernética chinesa, além de bloquear a Huawei visando alcançar uma hegemonia digital exclusiva. Comportamentos como esses constituem uma verdadeira ameaça à segurança global de dados”, complementou a embaixada.

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