Política

Acostumado com "bravatas", Rui relembra vitórias no passado e nega influência de eleição municipal em 2022

Dinaldo Silva/BNews
"Sempre quem ganha tem que ter humildade ao ganhar", inicou Rui, em resposta às provocações do grupo liderado pelo prefeito ACM Neto (DEM), que viu aliados vencerem em Vitória da Conquista, Feira de Santana e na capital  |   Bnews - Divulgação Dinaldo Silva/BNews

Publicado em 03/12/2020, às 11h59   Léo Barsan e Luiz Felipe Fernandez


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Derrotado nas três maiores cidades da Bahia na eleição municipal, o governador Rui Costa (PT) garante que não vê influência deste resultado para o cenário em 2022, quando será eleito o novo governador do Estado.

Acostumado com "bravatas", das quais diz ouvir desde pleitos passados - quando, inclusive, venceu - reforça que tudo muda "muito rapidamente" no Brasil e que ocorreu este ano não influenciará o resultado nas urnas daqui a dois anos.

"Sempre quem ganha tem que ter humildade ao ganhar", iniciou Rui, em resposta às provocações do grupo liderado pelo prefeito ACM Neto (DEM), que viu aliados vencerem em Vitória da Conquista, Feira de Santana e na capital. "E quem perde tem que ter resignação para saber como perder. Eventuais bravatas eu estou acostumado a ouvir [...] em 2018, só fui conhecer meu adversário no período legal, pois não tinha candidato para enfrentar a nossa candidatura", cutucou, lembrando a escolha por José Ronaldo (DEM) em meio à possibilidade de ACM Neto deixar a Prefeitura para enfrentá-lo.

"Perdi a eleição de 2014 em Camaçari, na época governado pelo PT, no outro venci quando era o DEM. Ganhei em Salvador governador pelo DEM, então não tem qualquer relação. A eleição municipal tem alguma influência na eleição de deputado [...] não tem nada a ver uma coisa com a outra, vamos trabalhar que o povo reconhece trabalho", disse o governador durante a entrega de viaturas da Polícia Civil nesta quinta-feira (3), no CAB.

Segundo o petista, a própria imprensa ignorou um fator marcante na eleição de 2020, que teve um alto número de reeleições. A pandemia, na visão de Rui, pode ter gerado a necessidade de políticas públicas que no fim, contribuiram para a popularidade dos gestores. Sem citar nomes, disse que em muitas cidades houve entrega de cestas básicas às vésperas do pleito, inclusive teria presenciado uma destas cenas em Salvador, no bairro Marechal Rondón.

"A eleição de 2020 teve um parâmetro que vi a imprensa pouco falar, que foi a eleição da reeleição, recondução de quem já estava no cargo, majoritariamente  [...] não só na Bahia, como no Brasil inteiro [...] sempre é proibido distribuir cestas básicas, às vésperas da eleição no sábado tinha prefeito ditribuindo cesta básica, esse ano criaram auxílio de R$ 100, R$ 200 [...] na Marechal Rondon ví um número enorme de pessoas saindo com cestas básicas na cabeça, às vésperas da eleição no 1° turno. Então uma eleição atípica que o resultado reflete isso", analisa.

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