Política

PT vai ouvir "todos os candidatos", mas pode ter próprio nome na briga pela Câmara, diz Afonso Florence

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Deputado baiano quer postulante que respeite "regimento" da Casa e acena para possibilidade de candidatura de esquerda em meio a nomes do Centrão  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Agência Brasil

Publicado em 07/12/2020, às 14h43   Luiz Felipe Fernandez


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Em meio a figuras do Centrão, como Arthur Lira e Agnaldo Ribeiro (PP), e da direita, como Luciano Bívar (PSL), a terceira maior bancada da Câmara pode ter a sua própria indicação à briga pela Câmara dos Deputados.

Com a decisão do STF que impede a reeleição de Rodrigo Maia (DEM), os partidos se organizam e começam, aos poucos, a tratar do assunto. O deputado federal Afonso Florence (PT), ex-líder do partido na Casa, diz que a sigla vai buscar ouvir todos os que se colocaram virtualmente em campanha, mas não descarta a possibilidade do PT ter o seu próprio representante.

Em entrevista ao BNews nesta segunda-feira (7), o parlamentar alegou que um fator determinante para que o PT possa apoiar um candidato, é a promessa de respeitar os "direitos regimentais". Ele cita a condução de Rodrigo Maia (DEM), que na sua visão "rasgou" o regimento da Casa, cessando o "direito de obstrução" com o intuito de aprovar projetos do seu interesse.

"Provavelmente a posição do PT vai ser de ouvir todos os candidatos, apresentar o nosso programa. Mas tem um ponto que é muito importante, parece bobagem, mas é o regimento. Eduardo Cunha e Rodrigo Maia rasgaram o regimento da Casa [...] para passar a Reforma da Previdência, atropelou a gente [...] o regimento prevê a possibilidade da oposição obstruir, com Bolsonaro e Maia isso não aconteceu. Ele rasgou, e na pandemia está aprovando tudo", disparou.

O petista assegura que a legenda avalia a possibilidade de lançar a única candidatura de "esquerda". "Não está fora do radar", diz.  A resposta, contudo, pode demorar a sair, e, por enquanto, o deputado acredita ser "prematuro" ventilar possíveis nomes.

Florence adiantou que um tema que tratado com grande peso na decisão do PT, garante, será a posição da candidatura em relação à prorrogação do auxílio-emergencial em razão da pandemia de Covid-19, defendido amplamente pelo partido.

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