Política

Alcolumbre deve escolher sucessor com o aval de Bolsonaro

Marcos Brandão/Senado Federal
Desde que foi impedido de concorrer à reeleição, Alcolumbre procurou conversar com senadores individualmente  |   Bnews - Divulgação Marcos Brandão/Senado Federal

Publicado em 09/12/2020, às 07h38   Redação BNews


FacebookTwitterWhatsApp

A decisão pelo nome que contará com o apoio do atual presidente do Senado Federal,  Davi Alcolumbre (DEM-AP), na eleição para presidente do Senado contará também com a chancela do presidente da República, Jair Bolsonaro (Sem Partido). O site Poder 360 apurou que os chefes do Executivo e do Legislativo se encontraram na noite da última terça-feira, (8), para debater o tema e acertaram que depois que o STF (Supremo Tribunal Federal) barrou a reeleição do amapaense, haverá uma decisão conjunta para indicação do seu possível sucessor.


Dos nomes que estão sendo ventilados pelos sites de notícias, os com mais chance de angariar o apoio do Planalto são o do líder do Governo no Congresso, Eduardo Gomes (MDB-TO) e de Nelsinho Trad (PSD-MS). A decisão final deve ser tomada ainda em 2020.

Desde que foi impedido de concorrer à reeleição, Alcolumbre procurou conversar com senadores individualmente. Falará com as bancadas depois. Mas não deve se indispor com o presidente da República apoiando um nome desalinhado com o palácio do Planalto.

Segundo interlocutores do senador, ouvidos pelo site Poder 360, ele trabalha com uma lista de favoritos com 6 nomes que não incluem nenhuma opção do MDB, a maior bancada da Casa. São eles: Antonio Anastasia (PSD-MG), Nelsinho Trad (PSD-MS), Lucas Barreto (PSD-AP), Rodrigo Pacheco (DEM-MG), Marcos Rogério (DEM-RO) e Daniella Ribeiro (PP-PB).

Apesar de Bolsonaro ter garantido ao senador que apoiará seu escolhido, a vontade do Executivo deve falar mais alto. Alcolumbre se dá bem com Eduardo Gomes, favorito de Bolsonaro, e o desejo de manter uma boa relação com o Planalto depois que deixar presidência deve pesar para a decisão do demista.

Tradicionalmente, o presidente do Senado é da maior bancada. Para que isso não ocorra, é preciso fatores muito específicos como os vistos na eleição do próprio Alcolumbre, em 2019. O MDB rachou em torno de Renan Calheiros (MDB-AL) e Simone Tebet (MDB-MS) e acabou optando pelo senador alagoano.

Renan representava na visão de todos a chamada “velha política”, que acabara de ser derrotada por Bolsonaro nas urnas. Nesse cenário surge Alcolumbre, que angariou 42 votos para se eleger presidente da Casa.

A votação ainda precisou ser realizada duas vezes. Na 1ª, foram identificados 82 votos (sendo que só há 81 senadores). Assim, a eleição foi anulada e refeita.

Essa tradição que privilegia a maior bancada também ajuda Eduardo Gomes a sair na frente na corrida pela sucessão de Alcolumbre como alternativa que agradaria o Planalto e o Senado. Já Nelsinho Trad aparece como opção no caso de um novo racha emedebista.

O líder da sigla no Senado, Eduardo Braga (MDB-AM), já disse que o partido terá candidato em fevereiro. Tanto Braga quanto Simone Tebet (MDB-MS), que tentou ser candidata em 2019, são nomes que também aparecem como postulantes dentro da sigla, mas sem o apoio de Bolsonaro.

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp