Política

Em meio a paralisia da agenda econômica, Paulo Guedes resolve tirar 22 dias de férias

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A autorização foi dada pelo presidente Jair Bolsonaro e publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira (11)   |   Bnews - Divulgação © Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Publicado em 11/12/2020, às 17h36   Redação BNews


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O ministro da Economia, Paulo Guedes, terá férias de 22 dias, em meio ao crescimento dos casos de Covid-19 e à paralisia da agenda econômica nesses últimos dias do ano. De acordo com informações da Folha de S.Paulo, a autorização foi dada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira (11).

Segundo reportagem da Folha, o mais recente exemplo de paralisia da econômia foi observado no pacotaço fiscal para controlar despesas públicas, considerado uma prioridade pela equipe econômica para enfrentar os desafios fiscais nos próximos anos.

O documento sobre o pacote foi colocado na "gaveta" pelo relator, o senador Marcio Bittar (MDB-AC). "Em vista da complexidade das medidas, bem como da atual conjuntura do país, decidi não mais apresentar o relatório da PEC Emergencial em 2020", disse o senador, em nota.

Ainda de acordo com a Folha, uma das versões do relatório chegava a estourar o teto de gastos para acomodar o combate à pobreza sem rever outros gastos de forma relevante, o que assustou o mercado e fez a Bolsa cair. Depois, novas versões não mencionavam mais o drible na norma, mas de qualquer forma desidratavam a economia proposta por Guedes.

Orçamento

A votação do Orçamento de 2021 continua sem previsão para acontecer. Enquanto o texto não for aprovado, o governo tem autorização para gastar apenas 1/12 avos do previsto por mês.

Já o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO), que estabelece uma meta para as contas públicas no ano que vem está estacionado no Congresso desde o mês de abril. A reforma tributária é outro ponto que aguarda análise.

A reforma administrativa, que revê gastos com servidores, também não andou desde que foi enviada ao Congresso no começo de setembro.

O ministro Paulo Guedes e sua equipe tem dito que não há risco de suspensão das atividades, como ocorreu neste ano. Em março de 2020, no entanto, a equipe econômica tinha discurso similar e as medidas restritivas acabaram sendo tomadas pelo país, forçando o governo federal a criar o auxílio emergencial

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