Política

Deputado teme efeito de "partidarismo" de ministro brasileiro na relação com os EUA

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Na visão de João Roma, Ernesto Araújo "se expôs muito" e ultrapassou os limites que regem a diplomacia, ao acenar tão claramente a favor de Donald Trump  |   Bnews - Divulgação Vagner Souza/BNews

Publicado em 20/01/2021, às 15h46   Redação BNews


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Com a posse de Joe Biden oficializada nos Estados Unidos nesta quarta-feira (20), o deputado federal João Roma (Republicanos), da base do governo da Câmara, reconhece que a relação entre os dois países pode ter sido abalada com o "partidarismo" assumido pelo ministro das Relações Exteriores do governo Bolsonaro, Ernesto Araújo, alinhado a Donald Trump..

Na visão de João Roma, o chanceler brasileiro "se expôs muito" e ultrapassou os limites das normas que regem a diplomacia, ao acenar tão claramente a favor de Donald Trump e, por exemplo, ser o último país a reconhecer a vitória do democrata na eleição

"Acho que ele passou um pouquinho, um certo partidarismo que não é legal para o Brasil e para a liturgia", disse o deputado em conversa com o BNews.

O republicano ressalta que o Brasil sempre teve uma "tradição de muita neutralidade", rompida com a atuação de Ernesto Araújo. O parlamentar admite que o futuro é incerto, mas diz aguardar que Biden leve em consideração o momento vivido diante da pandemia de Covid-19 e confia na recuperação da relação Brasil-EUA.

"Não vejo nada que seja intransponível [...] somos um povo muito vinculado à cultura norte-americana, há uma proximidade, e minha expectativa é que nada interfira no caminho destes dois países, que pode ser muito positivo", analisa.

Sobre a possibilidade da vitória de Biden indicar uma nova guinada da política mundial, com a queda do símbolo da extrema-direita Donald Trump, Roma diz que nos próximos dois anos - prazo até a eleição presidencial de 2022 - muita coisa pode acontecer e o país viverá "um outro ciclo".

"Muita coisa vai decantar, depurar, e esse fenômeno mundial de guinada para cá, para lá, talvez o Brasil viva outra coisa, que não ainda o que é, mas um outro ciclo, que não sei qual o grau de interferência [do cenário atual]", contemporiza.

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