Política
Publicado em 21/01/2021, às 09h38 Aline Reis e Raul Aguilar
O secretário de Saúde de Salvador, Léo Prates, engrossou o coro de culpabilização do governo federal pela dificuldade para aquisição de vacinas contra o novo coronavírus da empresa norte-americana Pfizer; na manhã desta quinta-feira, 21, o governador da Bahia, Rui Costa (PT), já havia manifestado sua insatisfação com o governo federal pela recusa da assinatura de um pré-contrato para compra dos imunizantes do laboratório norte-americano.
Ainda na manhã desta quinta, o secretário de Saúde do estado, Fábio Vilas Boas, utilizou uma rede social para culpar Pfizer e não o governo federal pelo não fechamento de contrato: “usou a boa fé de 1.500 voluntários baianos no desenvolvimento da sua vacina e agora recusa-se a vender para a Bahia”.
“A minha visão é mais próxima do governador Rui Costa. A Pfizer realmente testou no hospital Irmã Dulce, e agente contactou, procurou para comprar, como eu disse, o prefeito Bruno Reis separou 80 milhões de reais, o que pode parece muito, não é. Eu também penso que ela [Pfizer] não tem culpa nesse momento, porque foi oferecido 80 milhões de doses em agosto para o governo federal, que é o responsável pela compra dos imunizantes segundo o programa nacional de imunização, e ele não quis. Com isso [acordo] nós estaríamos em outro patamar; veja, eu também não estou aqui fazendo crítica, eu estou estabelecendo os fatos”, destacou Prates.
O secretário de Saúde de Salvador revelou que está tentando criar um consórcio em parceria com a secretaria de Saúde do estado do Rio de Janeiro para compra de imunizantes: “Estamos tentando negociar com a Moderna. Eu falei com o secretário de Saúde do Rio de Janeiro, para fazermos um consórcio para comprar, mas ela só chegaria em outubro”.
Léo Prates destacou que torce para que a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) entrada pelo governo da Bahia no Supremo Tribunal Federal (STF) tenha efeito para que ele possa adquirir doses da vacina Sputinik V.
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