Política

“Abre o leito, bota o paciente e ele vai morrer asfixiado; adianta abrir o leito?”, diz assessor do Ministério da Saúde sobre crise em Manaus

Alex Pazuello/Semcom
Mais de 350 contaminados no Amazonas foram transferidos para outros estados  |   Bnews - Divulgação Alex Pazuello/Semcom

Publicado em 29/01/2021, às 07h52   Redação BNews


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O assessor especial do Ministério da Saúde, o general da reserva Ridauto Fernandes, recém-nomeado, disse nesta quinta (28) que Manaus tem quase 600 pacientes de Covid-19 na fila de atendimento e que, caso evoluam para quadros graves, “vão morrer na rua”.

A frase foi dita durante uma reunião da comissão externa do coronavírus da Câmara dos Deputados. Fernandes enfatiza que o gargalo está na falta de oxigênio: “Abre o leito, bota o paciente e ele vai morrer asfixiado no leito. E aí, vai adiantar abrir o leito?”.

No encontro, na presença de deputados e secretários de Saúde, Fernandes disse que o governo federal sabia desde 28 de dezembro que uma crise de Covid-19 se desenhava no estado, ainda que não soubessem que teria relação com falta de oxigênio.

No entanto, ele afirma que preferiram esperar “alguns dias” a transição de prefeitos. “Ficaria muito ruim irmos para Manaus naquele dia e encontrar uma administração municipal que dois dias depois estaria toda sendo substituída”, explicou.

“Haveria um prejuízo muito significativo a qualquer atividade que fosse feita.” Mais de 350 contaminados no Amazonas foram transferidos para outros estados, segundo apurou a coluna Painel da Folha de São Paulo.

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