Política

"Agenda estatizantes e retrocesso no combate à corrupção", diz Kim Kataguiri sobre governo Bolsonaro

Câmara dos Deputados
Kim reclamou também da interdição do debate da Reforma Tributária, por parte do Governo Federal, e classificou a Reforma Administrativa enviada por Bolsonaro como "péssima"  |   Bnews - Divulgação Câmara dos Deputados

Publicado em 31/01/2021, às 09h35   Raul Aguilar


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O deputado federal e um dos líderes do Movimento Brasil Livre (MBL), Kim Kataguiri (DEM-SP) explicou, durante entrevista à rádio Jovem Pan, os motivos para o rompimento com o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido). Kim afirmou que Bolsonaro transformou a agenda liberal em estatizante. Ele lembrou que pequenos ajustes foram feitos em 2019, no início de mandato, mas logo no ano seguinte, em 2020, Bolsonaro aumentou o gasto público.

"O governo Bolsonaro, em 2019, teve corte de gasto obrigatório, teve uma pequena reforma em cargo comissionado, para logo depois, no ano de 2020, aumentar os gastos e endividar o país em 200 bilhões de reais sem justificativa, para acomodar líderes do centrão que ele disse que jamais negociaria", criticou Kataguire.

O deputado do DEM paulista afirma que o governo também promoveu retrocesso na agenda de combate à corrupção, através da alteração no pacote anticrime. Kataguire também criticou o procurador-geral da República, Augusto  Aras, que classificou como o "engavetador da República", que foi nomeado "para não apresentar denúncia contra ninguém, nem contra o Governo Federal e nem contra o Congresso Nacional".

Kim reclamou também da interdição do debate da Reforma Tributária, por parte do Governo Federal, e classificou a Reforma Administrativa enviada por Bolsonaro como péssima. 

"Na agenda econômica, Bolsonaro interditou o debate da reforma tributária, dizendo que não era para Câmara aprovar nada enquanto o governo não enviasse a proposta de reforma e mandou um texto de reforma de unificação de tributos que já estava na Casa, e mandou uma péssima reforma administrativa. Não mexe com os atuais servidores, só mexe com a base dos servidores executivos, não mexe com o topo do legislativo, do Ministério Público, da Defensoria Pública, dos Tribunal de Contas; deputados, senadores, ministros de estado, ministros do STF e o próprio presidente da República, com a desculpa esfarrapada de que não poderia apresentar PEC para interferir em outros poderes. Isso é falso. Para ajuste fiscal o presidente pode apresentar PEC em relação aos outros poderes", explicou Kim Kataguiri, citando como exemplo a PEC do teto de gasto promovida pelo governo Michel Temer (MDB).

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