Política

De olho no comando do Rio, Lira convida o governador Cláudio Castro para o PP

Michel de Jesus Câmara dos Deputados
O Rio é berço político do seu antecessor no cargo, o deputado federal Rodrigo Maia (DEM)  |   Bnews - Divulgação Michel de Jesus Câmara dos Deputados

Publicado em 16/02/2021, às 11h00   Redação BNews


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O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), de olho nas eleições de 2022, mira a expansão do partido e projeta uma base eleitoral sólida para a disputa no estado do Rio de Janeiro. O Rio é berço político do seu antecessor no cargo, o deputado federal Rodrigo Maia (DEM). Por isso, o nome do governador em exercício do estado, Cláudio Castro (PSC), é dado como certo para entrar no PP até abril de 2021.

A migração de Castro para a legenda de Lira agradaria o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que apoiou a eleição de Lira, e facilitaria a aprovação de emendas com o apoio da bancada fluminense na Câmara dos Deputados.

A troca de partido soa como uma oportunidade para Castro, que assim se "desgarraria" do PSC, partido do governador afastado Wilson Witzel (PSC), que ainda fica longe do cargo por um ano, e do Pastor Everaldo, que continua preso.

O convite a Castro foi feito na última semana por Lira e pelo presidente nacional da legenda, o senador Ciro Nogueira (PP-PI). No novo partido, ele seria candidato ao governo do Rio nas eleições do ano que vem, na disputa com um eventual candidato lançado por Maia e pelo prefeito da capital fluminense, que especula-se que pode ser Eduardo Paes (DEM).

Em entrevistas recentes, Castro confirmou o convite, mas evitou bater o martelo.

"É um grande partido. A gente trata todos os convites com respeito e carinho. Tenho vários convites. Não tenho pressa de tomar essa decisão", pontuou o governador em exercício do Rio de Janeiro.

As conversas dele com o PP contam com um interlocutor de peso: o ex-vice-governador Francisco Dornelles.Decano do PP, Dornelles foi uma espécie de "conselheiro" quando Castro foi alçado ao cargo, em agosto do ano passado. Dornelles viveu situação semelhante.

Em novembro de 2019, assumiu o posto de governador após ver Luiz Fernando Pezão (MDB) ser preso por supostos atos de corrupção.

Primo em segundo grau do ex-presidente Getúlio Vargas, Dornelles também é sobrinho de Tancredo Neves e primo em segundo grau de Aécio Neves (PSDB).

Apesar de pouco expressivo como cabeça de chapa, Dornelles integrou boa parte dos governos das últimas décadas e chegou a ser ministro da Indústria e Comércio do governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB).

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