Política

Aliança MDB-PSL na Bahia antecipa discussão sobre apoio a Neto em 2022; oposição também é procurada

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Atualmente, os dois partidos integram a base do ex-prefeito de Salvador ACM Neto (DEM)  |   Bnews - Divulgação Divulgação

Publicado em 04/03/2021, às 18h41   Eliezer Santos e Pedro Vilas Boas


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A aliança formalizada entre os diretórios baianos do MDB e PSL visando as eleições em 2022 não deve resultar em lançamentos de candidaturas próprias. A ideia é garantir a força dos dois partidos para negociação com os grupos políticos que devem encabeçar a disputa ao governo da Bahia.

"Aqui na Bahia, integramos o mesmo grupo político, mas é sempre bom saber quais são os projetos de cada membro desse grupo para que haja um encontro de ideias e melhores condições para alinhamentos", disse o secretário-geral do PSL no estado, Alberto Pimentel, em nota divulgada à imprensa dias antes da reunião em Brasília que formalizaria a aliança.

Atualmente, os dois partidos integram a base do ex-prefeito de Salvador ACM Neto (DEM). Porém, o BNews apurou que lideranças das duas siglas chegaram a conversar com o grupo do governador Rui Costa (PT), principalmente quando o PP entrou em conflito com os petistas, por causa da presidência da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA).

"O MDB não é de ninguém, não tem inimigo nenhum", admitiu, em condição de anonimato, um interlocutor do MDB baiano sobre conversas com a base de Rui.

"Bloquinho"

Os partidos tentam formar um "bloquinho", como foi feito nas eleições municipais em 2020, quando PSC, MDB, SD, PTB e Republicanos se juntaram para fortalecer as negociações com o grupo de Neto, que tentava - e conseguiu- eleger Bruno Reis (DEM) prefeito de Salvador. Os cinco partidos chegaram a lançar o atual presidente da Câmara Municipal, Geraldo Júnior (MDB), como candidato.

A formalização da aliança entre MDB e PSL também seria uma estratégia para evitar uma "tirania" do ex-prefeito de Salvador e presidente nacional do DEM, que tem uma postura mais incisiva nas tratativas.

Os dois partidos tem uma força relevante no Congresso, importante critério para negociação de apoio em uma disputa ao governo do estado. O MDB tem 32 deputados federais e 14 senadores, enquanto o PSL é a maior bancada da Câmara, com 53 parlamentares.

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