Política

Interferência de Bolsonaro na Petrobras teve um 'custo econômico pesado', diz Guedes

Marcelo Casal Jr./Agência Brasil
Problema criado com a estatal ainda 'é uma questão em aberto', disse o ministro   |   Bnews - Divulgação Marcelo Casal Jr./Agência Brasil

Publicado em 16/03/2021, às 15h42   Redação BNews


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O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta terça-feira (16) que a interferência do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na Petrobras gerou um "custo econômico pesado" e que o problema criado com a estatal ainda “é uma questão em aberto”. "O que dissemos ao presidente é que isso tem um custo econômico pesado. Se o objetivo era baixar o preço do combustível, o que aconteceu foi que os mercados começaram a subir o câmbio, a Petrobras perdeu valor", ​explicou o ministro em entrevista à CNN Brasil.

“E o presidente mesmo falou que quer fazer isso organizadamente. Ai mostrou-se ao presidente que tem contratos, e o presidente da Petrobras não terá seu contrato renovado. Por quê? Quer se mexer nessa governança? Isso é uma questão em aberto ainda para o futuro. Vamos ver como o novo presidente da Petrobras vai enfrentar esse problema aí na frente”, afirmou.

Após reclamar dos reajustes de preços dos combustíveis, Bolsonaro pediu, em fevereiro, a saída do presidente da estatal, Roberto Castello Branco, e indicou em seu lugar o general Joaquim Silva e Luna. Nos dias seguintes à interferência, indicadores do país se deterioraram e o valor de marcado da estatal chegou a cair R$ 100 bilhões.

Uma assembleia geral de acionistas da estatal para debater a aprovação do nome de Silva e Luna e outros indicados pelo governo para o conselho de administração está marcada para o dia 12 de abril. Guedes ainda afirmou que a Operação Lava Jato não foi uma ficção. “Se milhões foram devolvidos, milhões foram roubados”, disse. “E, realmente, tinha uma grande liderança política à frente disso tudo”.

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